O Ministério Público solicitou ao TCU, nesta segunda-feira (4), que todos presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sejam entregues para o acervo da União. O pedido da devolução foi assinado pelo procurador Lucas Furtado. No pedido, há cinco itens solicitados, avaliados entre R$5 mil e R$59,4 mil.
Itens solicitados
– Quadro do Templo de Salomão, avaliado em R$5 mil, dado pelo então primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu durante uma viagem oficial;
– Miniatura de um antigo capacete de samurai, avaliado em R$2o mil, presenteado pelo então primeir-ministro do Japão Shinzo Abe na posse de Bolsonaro;
– Pote confeccionado em metal prateado polido, avaliado em R$13,3 mil, dado ao ex-presidente por Shinzo Abe em 22 de outubro de 2019;
– Vaso de prata 925, avaliado em R$16,4 mil, dado a Jair pelo então presidente do Peru Martin Vizxarra Cornejo;
– Maquete do templo Taj Mahal confeccionada em mármore branco, avalliada em R$59,4 mil e presenteada pelo então presidente da Índia Ram Nath Kovind;
Ex-presidente Jair Bolsonaro. (Foto: reprodução/Marcos Corrêa/PR)
Lucas Furtado afirmou em seu pedido ao TCU que todos presentes destinados ao presidente, com exceções apenas para itens pessoais, por exemplo, roupas, devem ser destinados ao patrimônio público. O procurador também pediu ao Tribunal de Contas da União um levantamento de todos os presentes recebido por Bolsonaro durante seu mandato.
Caso das joias sauditas
Bolsonaro e a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro são investigado por não terem declarado e pela venda ilegal de um kit de joias avaliadas em aproximadamente R$16,5 milhões. O kit foi presenteado pelo ditador Mohammed bin Salman da Arábia Saudita. As investigações apuraram que pessoas próximas ao casal venderam as joias no exterior.
Durante a semana passada, Michelle e Jair Bolsonaro foram convocados para depor sobre o caso mas não colaboraram com as investigações e optaram por permancer calados. Outros aliados do ex-presidente envolvidos no escândalo também foram ouvidos pela Polícia Federal.
Foto destaque: Jair Bolsonaro (PL). Reprodução/REUTERS/Adriano Machado