As forças de resgate continuam enfrentando condições adversas na mina de Pinabete, localizada ao Norte do México, onde dez trabalhadores estão presos há 12 dias. Na última sexta-feira(12), as autoridades do México tinham afirmado que haviam condições para entrar na mina, o que acabou revivendo a esperança dos parentes dos trabalhadores, mas o plano de entrada foi adiado devido a um aumento “brusco” nos níveis de água, que atingiu mais de 41 metros de profundidade em um poço.
Centenas de soldados e outros socorristas participam da operação de resgate na mina de carvão El Pinabete. Segundo Laura Vásquez, coordenadora nacional da Defesa Civil, as equipes tem focado em extrair água da mina alagado por meio de bombas estrategicamente colocadas. Os trabalhos de extração irão continuar até que seja possível que a equipe entre na mina para efetuar o resgate. Familiares esperam um milagre, já que a esperança de que estejam vivos diminuem a cada hora. Ainda não foi possível nenhum tipo de comunicação com os trabalhadores. Segundo o governo mexicano, uma nova estratégia está sendo desenhada pelos engenheiros especialistas.
Equipes de regaste preparam o drone para investigar a mina El Pinabete (Foto reprodução: Presidência do México/Divulgação via Reuters)
El Pinabete encontra condições desfavoráveis devido a sua localização, que é vizinha a mina Conchas Norte, que foi abandonada por volta de 30 anos e acumulou um volume muito elevado de água nesse período. O incidente ocorreu quando uma equipe que trabalhava na extração de carvão abriu um buraco em uma mina adjacente que foi inundada, fazendo com que a água transbordasse em direção ao local onde estavam manobrando, segundo o governo.
Acidentes de mineração são frequentes no Estado de Coahuila, que é o principal produtor de carvão do México. Em fevereiro de 2006 ocorreu uma explosa de gás na mina Pasta de Conchos e causou a morte de 65 trabalhadores. Apenas dois corpos foram recuperados na ocasião.
Foto destaque: Equipes de busca na mina El Pinabete: Foto Reprodução: Marcos Gonzalez / AFP
