Marruá perdeu os pais nos incêndios que castigaram o Pantanal em 2020, e ainda filhote, apareceu em uma fazenda do Pantanal. A onça que foi criada com colo e mamadeira em uma fazenda no MT, e ganhou um novo lar em santuário. Os incêndios que consumiram o Pantanal em 2020 deixaram vários animais feridos ou órfãos. Grande incêndio que é um dos milhares de incêndios que varrem o Pantanal brasileiro o maior pântano do mundo quase todos os anos.
Um deles foi a onça Marruá, que, ainda filhote, chegou a uma Fazenda em Cáceres, no Pantanal de Mato Grosso. No entanto, após dois anos de convivência tranquila entre os humanos, o risco que Marruá passou a representar para o rebanho da fazenda e até para quem convivia com ela, fez com que a Polícia Ambiental fosse chamada e a onça ganhasse um novo lar.
O Fantástico foi até a nova casa do felino para mostrar sua história. Chegando lá, encontrou o animal ainda mamando e tentando se adaptar às mudanças em sua vida. O objetivo é que ela reaprenda a ser onça e um recinto de 240 metros quadrados está sendo construído para recebê-la de forma definitiva.
“Nós nos deparamos com a situação de uma onça realmente muito humanizada, aceitando a aproximação de qualquer pessoa desconhecida dela”, conta o gerente de fauna silvestre da Secretaria de Meio Ambiente de MT, Fernando Siqueira.
Onça Marruá sendo amamentada. (Foto: Reprodução/Adécio Piran Goiás)
“A onça tem esse comportamento pelo fato de ter sido criada pelas mãos humanas. Aos pouquinhos, a gente vai desmamando ela. Se a gente soltar ela, como ela não tem mais o medo do ser humano, pode ser que ela se aproxime de alguma fazenda – não para atacar alguém, mas porque ela sabe que o humano vai dar comida – e isso pode gerar medo, receio de algum fazendeiro, que pode acabar atacando, abatendo ela. Porque é uma onça, né? Essa humanização que ela sofreu foi muito prejudicial“, contou.
Em seu novo lar, Marruá irá conviver com onças como Mati, que fez o papel da onça-pintada na nova versão da novela “Pantanal” na Globo, e com Amanaci, que quase foi sacrificada após ter as quatro patas queimadas em um dos incêndios no Cerrado, mas se recuperou e acaba de dar à luz.
Onça-pintada “Marruá” foi transferida para o Instituto Nex, em Corumbá de Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera