Primeira imagem científica feita pelo telescópio James Webb mostra registro inédito do Universo

Edson Barbosa Por Edson Barbosa
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A Nasa, a agência espacial norte-americana, divulgou nesta segunda-feira (11) a primeira foto colorida feita pelo telescópio espacial James Webb, um complemento aos trabalhos do famoso Hubble.

O maior telescópio espacial já construído ajudará a ciência a investigar os mistérios do nosso sistema solar, assim também como o potencial de vida em outros planetas. Esse foi o primeiro registro operacional do telescópio Webb, um programa internacional que é liderado pela NASA, em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) e a Agência Espacial Canadense (CSA).

Em um evento na Casa Branca, que contou com a presença do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e da vice-presidente, Kamala Harris, a imagem foi divulgada.


Biden na coletiva de imprensa que apresentou a foto (Foto: Reproduçaõ: Casa Branca/YouTube)


“Hoje é um dia histórico”, falou Biden. “É uma nova janela no nosso universo. É fascinante”. Segundo a Nasa, a imagem é a visão infravermelha mais profunda e nítida do universo até então. Nela, é possível ver um aglomerado de galáxias chamado de SMACS 0723, exatamente como ele era há cerca de 4,6 bilhões de anos.

A comunidade científica aguardava a divulgação dessa imagem porque há uma grande expectativa em torno do Webb. A agência espacial disse que a imagem, é a primeira de uma série que o Webb deve divulgar em breve, e abrange um pedaço do céu que, para um observador terrestre, parece do tamanho de um grão de areia mantido à distância de um braço.

“A comunidade científica em breve começará a aprender mais sobre a massa, idade, história e composição dessas galáxias, à medida que o Webb procura as primeiras galáxias do universo”, afirmou a Nasa, em um comunicado.

A alguns meses, a agência espacial norte-americana já vinha divulgando algumas fotos de testes, mas essa imagem é um registro inédito e que mostra, segundo a Nasa, as profundezas do Universo. “A beleza dessa imagem está nos detalhes”, conta ao g1 a astrofísica da USP, Catarina Aydar.

“Se a gente der um zoom e comparar essa imagem do Webb com a que o Hubble fez do mesmo aglomerado, vemos tudo o que não estava sendo mostrado na imagem anterior. É realmente muito impressionante. E o James Webb vai conseguir fazer justamente isso: olhar mais e mais longe”, acrescenta.

Foto Destaque: Reprodução/Nasa

 

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