Putin vem a público e faz declaração pela primeira vez após acordo com grupo Wagner

Henrique Cabral Por Henrique Cabral
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O líder Russo, Vladimir Putin, apareceu pela primeira vez após a rebelião realizada pelo grupo Wagner. Sua aparição se deu na manhã desta segunda-feira (26), em vídeo divulgado pelo Kremlin.

Em seu comunicado oficial, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não abordou sobre o motim armado realizado pelo grupo mercenário Wagner. Ele apenas falou sobre questões do desenvolvimento industrial da Rússia, a última aparição do presidente russo, foi no último sábado (24), onde criticou e chamou de “facada nas costas” a rebelião do grupo mercenário, liderado por Yevgeny Prigozhin.

“O desenvolvimento da indústria russa depende da qualidade de seus especialistas”, disse Putin em vídeo divulgado pelo Kremlin.


Ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, em posto militar de Zvezda (Reprodução/Reuters/G1)


Outro que apareceu somente nesta segunda-feira (26), após o acordo entre o grupo Wagner e Putin, foi o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, que apareceu voando em um avião oficial, visitando um posto militar no oeste da Rússia, liderado pelo grupo militar Zapad.

O ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, e o chefe do Estado-Maior, Valery Gerasimov, possuíam embate direto com o líder do grupo Wagner, Prigozhin. Ao assumir o controle de um quartel militar no sul da Rússia, Prigozhin, queria que os dois fossem entregues a ele para ser feita a justiça, o líder do grupo mercenário acusava a dupla de corrupção e incompetência.

Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia, abordou a situação na Rússia e apontou que existe sim uma fragilidade do poder militar do país, e cita que essa guerra política e militar não é boa neste determinado momento, e isso pode gerar situações que não são esperadas.

“O monstro que (o presidente russo Vladimir) Putin criou com Wagner, o monstro o está mordendo agora, o monstro está agindo contra seu criador”, disse ele.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também se manifestou nesta segunda-feira e fez questão de negar envolvimento americano no motim realizado pelo grupo Wagner, o mesmo apontou que isso faz parte do próprio sistema russo.

Tudo iniciou na sexta-feira (23), quando o líder do grupo Wagner acusou o exército russo, liderado por Serguei Shoigu, de bombardear uma base que estava sob domínio dos mercenários. Prigozhin prometeu retaliação, seu grupo com aproximadamente 25 mil soldados, havia informado que possuía o controle da cidade de Rostov, e que marcaria em direção até a capital Moscou.

Para evitar um derramamento de sangue, um acordo entre as partes foi estabelecido, após conversas com o Alexander Lukashenko, presidente da Bielorrússia, Prigozhin iria se dirigir a Belarus, porém não se sabe ainda a localização do líder. Quanto à retaliação na justiça, Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que não enfrentarão ações na justiça, devido aos ‘feitos históricos’ realizados no front de batalha na Ucrânia.

Foto Destaque: Putin fala pela primeira vez após acordo com grupo Wagner. Reprodução/Kremlin via REUTERS/G1

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