Nos últimos dias, a temperatura no Brasil vêm aumentando, e em decorrência disso, 15 Estados e o Distrito Federal foram colocados em estado de alerta, segundo agências de meteorologia. Em muitos locais, essa onde de calor pode continuar durante a semana. Em algumas cidades, o termômetro marca 13 º a mais do que se espera nesta época do ano, e em outros a sensação térmica pode ultrapassar os 50º.
Julho a outubro são os meses mais quentes do ano
No relatório mais recente do Inmet, é indicado que os meses de julho, agosto, setembro e outubro registraram médias históricas de temperatura. O órgão destaca que, entre esses quatro meses consecutivos mais quentes deste ano, setembro se destaca com o maior desvio desde 1961, apresentando uma diferença de 1,6ºC acima da climatologia de 1991/2020.
Fenômento El Niño
O Inmet coloca o ano de 2023 como o mais quente desde a década de 60. Segundo o órgão, estes últimos meses foram marcados por um calor extremo em grande parte do país, e o responsável por essa temperatura é o evento chamado El Niño, caracterizado pelo aquecimento acima da média das águas do Oceano Pacifico Equatorial, o qual tende a elevar as temperaturas em muitas regiões do planeta. Segundo esse cenário, o ano de 2023 aponta para ser o ano mais quente desde a década de 60.
Termômetro em São Paulo (Reprodução/Veja SP)
O Inmet destacou influência do El Niño, mas de acordo com a análise de Climate Central, o evento El niño é apenas o início: o fenômeno está começando a elevar temperaturas, e conforme os padrões históricos, a maior parte de seu impacto será notada em 2024. Com base nos registros, há uma probabilidade de a temperatura se elevar mais nos próximos 12 meses.
O fenômeno El Niño tem previsão de pico em 2024, apontando para um verão intenso pela frente. Após esse período, a previsão é de que o aquecimento oceânico diminua temporariamente.
Foto Destaque: Mapa de ondas de calor no Brasil. Reprodução/MetSul
