Senado aprova CPI para investigar o aprofundamento do Solo em Maceió.

Carlos Enriki Por Carlos Enriki
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Nesta quarta-feira (13), para apurar o aprofundamento de solo que ocorreu em Maceió (AL), o Senado aprovou uma CPI para investigação. A comissão terá o prazo de até 120 dias, com possibilidade de prorrogação. O colegiado terá 11 membros titulares e 7 suplentes.

A chamada CPI da Braskem

Inaugurado em outubro, o comitê só foi estabelecido após insistência do senador Renan Calheiros (MDB-AL), o proponente da CPI, e respaldo do líder da Casa, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Denominada CPI da Braskem, em referência à empresa encarregada da exploração mineral na localidade, a comissão será liderada pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), com o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) ocupando o cargo de vice-presidente. A escolha do relator será feita posteriormente por Aziz, com a decisão programada para ocorrer até a próxima terça-feira (19).

Quando começará e detalhes sobre a CPI

Apesar de já estar constituída, a comissão só dará início às suas atividades a partir de fevereiro do próximo ano. A CPI terá um prazo máximo de 120 dias, com a opção de prorrogação, para conduzir suas investigações. A contagem dos dias será suspensa durante o recesso legislativo, que teve início em 23 de dezembro. O colegiado será composto por 11 membros titulares e 7 suplentes (veja a lista de membros aqui).

A sua instauração ocorre um dia após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentar, em uma reunião com parlamentares de Alagoas, impedir o início das atividades da CPI. Sem sucesso, horas depois, segundo informações de fontes próximas, Lula conversou com Aziz na tentativa de influenciar a escolha do relator da comissão. Na tentativa de diminuir as chances de Renan Calheiros assumir o papel, o político sugeriu a indicação de um membro do próprio PT.


Agencia do Senado (Imagem Reprodução/Comunhão/Foto por Jefferson Rudy)


O contexto subjacente envolve uma disputa entre adversários políticos do estado de Alagoas: Renan e o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL), aliado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Durante a reunião de instalação pela manhã, houve protestos de Cunha contra a possibilidade de Renan assumir a relatoria da CPI, resultando em trocas de acusações entre os dois. O senador Otto Alencar (PSD-BA), que presidiu o início dos trabalhos por ser o membro mais antigo do colegiado, atuou para acalmar a situação.

 

Foto Destaque: aprofundamento do Solo em Maceió (Reprodução/Diario de Pernambuco)

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