O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, deixará o presídio e cumprirá a pena em prisão domiciliar. A defesa do ex-governador afirmou que ele ficará em prisão domiciliar em um imóvel da família em Copacabana.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela soltura do político por considerar excessivo o tempo de prisão preventiva em uma das ações de que ele é alvo. Os votos de soltura foram proferidos pelos ministros André Mendonça, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, já Edson Fachin, relator do caso, e Nunes Marques votaram para manter a prisão de Cabral. O STF disse que o resultado do julgmaneto só será proclamado na segunda-feira.
Cabral está preso desde 2016 e foi um dos símbolos da Operação Lava Jato, operação que ficou marcada pelo combate a corrupção, ele chegou a ter 23 condenações em processos da Lava Jato e as penas somam mais 425 anos e 20 dias de prisão.
Sérgio Cabral assume corrupção em seu governo diante do juiz (Foto: Reprodução/oglobo)
Sérgio Cabral foi governador em dois mandatos, de 2007 até 2014, antes ele ocupou cargos de senador e deputado estadual. Cabral vivia uma vida de luxo e cheia de regalias, segundo as investigações, mais de R$ 20 bilhões foram desviados em esquemas de corrupção. Viagens de luxo para Paris, joias avaliadas em mais de R$ 800 mil, mansões com direito a heliponto em cidades de praia são uma das luxuosas que marcas que Cabral vivia com sua esposa, Adriana Ancelmo e tudo isso era pago com dinheiro público.
Além disso, as regalias continuaram quando ele foi preso, placas de isopor instaladas no interior da cela para isolar o calor foram pegas em revistas policiais na cadeia, além de celulares, anabolizantes, cigarros eletrônicos e lista de encomendas a restaurantes também estavam dentro da cela de Cabral. Em 2017, câmeras de vigilância de Bangu mostraram que Cabral circulava livremente pelo presídio em que estava preso e recebias visitas fora de hora.
Foto destaque: Sérgio sendo preso em seu apartamento de luxo em Ipanema, em 2016. Reprodução: JovemPan