No primeiro dia do ano, servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) anunciaram uma paralisação como forma de pressionar o governo por reajuste salarial. A decisão, expressa em uma carta intitulada “Suspensão das atividades de campo e concentração em tarefas burocráticas internas”, visa chamar a atenção para a falta de respostas do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos em relação à reestruturação das carreiras do órgão ligado à pasta do Meio Ambiente. Uma assembleia está programada para a próxima terça-feira (9) para discutir os próximos passos da paralisação, de acordo com informações da CNN.
Ibama. (Foto: Reprodução/O Antagonista)
Resposta do Governo
O Ministério da Gestão, comandado por Esther Dweck, divulgou uma nota afirmando que reinstalou uma mesa permanente de negociação com os servidores públicos e que um acordo inicial de reajuste de 9% foi fechado para todos os servidores, incluindo os do Ibama.
O Ministério reforçou que a recomposição da força de trabalho na Administração Pública Federal é uma pauta prioritária e que está atuando dentro dos limites orçamentários para atender às demandas dos órgãos e entidades do Executivo Federal. A situação demonstra o desafio do governo em equilibrar as necessidades dos servidores com as restrições orçamentárias enfrentadas.
Possíveis impactos na preservação ambiental
A suspensão das atividades externas pode impactar significativamente as operações de fiscalização ambiental na Amazônia e em terras indígenas, a preservação e combate a incêndios florestais, bem como o atendimento a emergências ambientais. Os servidores alegam que essa interrupção é um reflexo dos anos de abandono da carreira pública, marcada por assédio e perseguição, especialmente durante o governo anterior.
O Ibama ainda não se manifestou sobre a situação, enquanto o Ministério da Gestão destaca a abertura de 21 negociações no segundo semestre de 2023, com sete acordos já fechados.
Foto destaque: Ibama (Reprodução/93 Notícias)