O governo de São Paulo anunciou que, a partir de janeiro de 2024, a tarifa do transporte público paulista deve ser elevada de R$ 4,40 para R$ 5. No entanto, a prefeitura já negou parcialmente a medida, rejeitando o ajuste de preço para ônibus, de modo que o aumento deve valer apenas para trens e metrô.
“A tarifa está congelada há muito tempo e a gente tem que começar a fazer conta,” afirmou Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, já ao final de novembro. “Ou eu repasso alguma coisa pra tarifa ou a gente permanece com ela congelada e eu aumento o subsídio. Quanto mais tempo a tarifa ficar congelada, mais subsídio a gente vai ter.“
O aumento de R$ 0,60 serve para adequar o preço que estava congelado há 3 anos e não sofre alterações desde janeiro de 2020.
Ônibus devem escapar do aumento de preço por causa da prefeitura (Foto: reprodução/Renato S. Ciqueira/Futura Press/Estadão Conteúdo/g1)
Preço de ônibus não muda
Indo contra a decisão de nível estatal, a prefeitura de São Paulo, de Ricardo Nunes (MDB), havia afirmado que o reajuste não seria aplicado ao transporte municipal – e agora a gestão estadual confirmou que o aumento apenas valerá para o transporte sobre trilhos.
É uma quebra na tendência histórica da tarifa municipal acompanhar a estadual. Em grande parte, é tida como uma medida do prefeito influenciada pelo fato de ser ano eleitoral.
Outras tarifas
Há tempos que o governador Tarcísio sinaliza o aumento no valor das tarifas de metrô e trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), além de outros privatizados. O prefeito Nunes, em comparação, argumenta contrariamente a essas medidas, como demonstrou em seu anúncio de segunda-feira (11).
A partir do domingo (17), a prefeitura anunciou que deve começar a funcionar na capital de São Paulo a tarifa zero nos ônibus aos domingos, durante o dia inteiro. É uma perda de R$ 283 milhões para a Prefeitura, que Ricardo Nunes, candidato para a reeleição em 2024, está disposto a pagar com o orçamento.
Foto destaque: Trem na linha 7 da CPTM (Reprodução/X/@DiariodaCPTM)