Volkswagen vai colocar 3 mil funcionários em férias coletivas, segundo sindicato

Camila Rodrigues Por Camila Rodrigues
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Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a Volkswagen poderá colocar 3 mil colaboradores da produção em férias coletivas. A empresa afirma que os funcionários da planta de São Bernardo ficarão fora da fábrica por 10 dias, entre 27 de junho a 7 de julho, por falta de peças e componentes eletrônicos para finalizar a produção dos veículos. 
Em maio, a montadora já havia colocado cerca de 2.500 metalúrgicos em coletivas por problemas na cadeia de fornecimento de peças.

Segundo a montadora, o que está acontecendo é a necessidade de protocolar o pedido de férias com antecedência. No momento próximo da data protocolada será verificado se haverá a necessidade de ultilizar a “ferramenta de flexibilização”.


Atualmente a fábrica produz 800 veículos por dia, segundo a entidade. (Reprodução/ Car Blog)


A crise das peças, que começou em meados de 2021, se agravou devido à guerra na Ucrânia. Porém, agora, outros componentes também estão se tornando escassos, começando a afetar a produção da montadora.

“Este é um problema que vem afligindo não só a indústria automobilística. Toda a indústria nacional vem sendo impactada. Isso acaba atingindo diretamente os trabalhadores”, afirma o coordenador-geral da representação na Volkswagen, José Roberto Nogueira da Silva, fazendo também críticas ao governo. “A falta de política industrial e de desenvolvimento no país tem causado a desestruturação da cadeia produtiva nacional”, acrescenta.

Segundo José Roberto, na Volkswagen o acordo vigente após negociação com o sindicato dá alguma tranquilidade nesse período de incerteza. “É muito importante neste momento termos um acordo de longo prazo que prevê situações como esta que vem perdurando há muito tempo. O acordo dá previsibilidade para trabalhadores se organizarem e também para a empresa pensar o futuro da planta”, comenta. No total, a fábrica tem aproximadamente 8.200 funcionários.

Foto destaque: Parada será de 10 dias. Empresa já havia adotado a medida em maio, pelo mesmo problema. Reprodução/IG Economia.

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