Durante os últimos quatro dias, o volume de chuva do Rio Grande do Sul equivale a três vezes o valor esperado para esta época do ano, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Até agora, os temporais deixaram 24 mortos e cerca de 14,5 mil pessoas fora de suas casas.
Promessa
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (órgão responsável pela Defesa Civil Nacional) prometeu repassar verbas dedicadas aos municípios do Rio Grande do Sul desde o ano passado, quando um ciclone extratropical devastou o estado em setembro.
A verba prometida era de R$ 500 milhões para ações emergenciais, porém, desde setembro de 2023 até abril deste ano, somente 65% desse valor foi enviado para municípios gaúchos, totalizando R$ 325 milhões.
Culpa de quem?
O ministério fez um levantamento de informações a pedido da CNN e, segundo o documento, a falta de projetos pelas prefeituras é responsável pelo valor que não foi repassado.
De fato, a União é quem destina o dinheiro, entretanto, o montante só é liberado para a repassagem, caso haja sido apresentadas justificativas e documentos que demonstrem como o valor será usado.
De todo o valor liberado, quem mais recebeu recursos foi o governo do estado. Os R$ 82 milhões foram usados para ações emergenciais como compra de água, alimentos, colchões e para desobstrução de vias.
Situação atual
O município de Santa Maria fica na Região Central do estado e foi a cidade atingida com o maior volume de chuva em todo o estado. 140 milímetros era a média esperada para o mês, entretanto, foram 436 milímetros (o triplo do normal para o mês).
A Defesa Civil divulgou mapas demonstrando quais os municípios que podem ser mais afetados pelas cheias de rios nos próximos dias e também os rios, em roxo e vermelho, que apresentam risco de enchentes.