Após a prisão de militares suspeitos de planejar golpe de Estado e o assassinato de Lula nesta terça-feira (19), o general Mário Fernandes é indicado como um dos militares “mais radicais” e o mentor intelectual de todo o projeto.
Ex-assessor do deputado Eduardo Pazuello, Mário Fernandes, segundo a polícia, era a ligação entre o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e os acampantes golpistas que se instalaram em frente ao QG do Exército, em Brasília. Conforme as informações obtidas pela Polícia Federal, Fernandes concedia material financeiro e orientações aos extremistas.
A investigação da Polícia Federal mostra que Mário Fernandes, junto a outros militares, planejavam matar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes. Os crimes aconteceriam entre novembro e dezembro de 2022, logo após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais.
Eduardo Pazuello
Eduardo Pazuello divulgou uma nota, quando a prisão do seu ex-assessor veio a público. O deputado afirmou que só tomou conhecimento da situação, através dos veículos de imprensa e disse acreditar nas instituições brasileiras.
O deputado federal General Pazuello esclareceu que o General Mário Fernandes, mencionado na operação da Polícia Federal realizada na manhã desta terça-feira, trabalhou em seu gabinete como assessor de 28 de março de 2023 a 04 de março de 2024, quando foi identificado seu impedimento para exercer cargo público. Pazuello esclareceu ainda, que só tomou conhecimento da prisão do general Mário e dos demais oficiais por meio da imprensa na data de hoje. O deputado reafirma sua crença nas instituições do país e na idoneidade do General Mário Fernandes, na certeza de que logo tudo será esclarecido.
Carreira
Mário Fernandes começou sua carreira militar em 1983, na Academia das Agulhas Negras (AMAN) e em 2016, foi promovido a General de Brigada. Em 2018, Fernandes foi responsável pelo Comando de Operações Especiais, em Goiânia.
Mário permaneceu no Comando de Operações Especiais até 2020, quando passou para a reserva do Exército e passou a assumir cargos políticos. Seu último cargo foi o “Cargo de Natureza Especial” no gabinete do deputado Eduardo Pazuello, sendo demitido em março deste ano, quando as investigações sobre sua participação do possível golpe iniciaram.