Nesta última quarta-feira (20), a Justiça espanhola garantiu ao jogador de futebol brasileiro Daniel Alves a liberdade provisória caso seja paga uma fiança de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões). No entanto, por causa da demora no pagamento – cujo prazo já havia sido estendido, e ainda assim não foi pago nesta sexta-feira (22) – o jogador deve permanecer na prisão ao menos até a próxima segunda-feira (25).
Desse modo, em vez de aguardar o resultado da sua sentença em liberdade, o jogador deve passar mais um fim de semana na prisão. O caso de Daniel Alves foi determinado definitivamente pela Justiça espanhola como agressão sexual mas ainda resta definir a sua pena.
Entre as especulações apontadas para a demora no pagamento da fiança que a defesa de Daniel conseguiu, é possível que tenham surgido complicações na transferência do dinheiro. Como o jogador está sem acesso aos seus bens desde janeiro de 2023, ele se apoiou em aliados para realizar pagamentos.
Pai de Neymar retira sua ajuda
Da última vez que a defesa de Daniel Alves realizou um pagamento para tentar anular as acusações da vítima e acabar com o julgamento, uma peça-chave foi o pai de Neymar, que lhe deu o dinheiro para financiar o pagamento, que então foi entendido como atenuante. Mas agora, o cenário parece ter mudado.
“Neste segundo momento, em uma situação diferente da anterior, em que a justiça espanhola já decidiu pela condenação, estão especulando e tentando associar o meu nome e do meu filho a um assunto que hoje não nos compete mais,” disse o pai de Neymar nas redes sociais nesta quinta (21). “Espero que o Daniel encontre junto à sua própria família todas as respostas que ele procura. Para nós, para minha família, o assunto terminou.“
Liberdade provisória
Embora o prazo para o pagamento tenha sido estendido duas vezes, Daniel Alves falhou em providenciar o valor requisitado, mas é provável que consiga o montante, uma vez que o jogador possui uma fortuna de 60 milhões de euros (R$ 324 milhões), e poderia futuramente pagar empréstimos de aliados.
Além de serem retirados seus passaportes brasileiro e espanhol, ele deverá ficar sempre a uma distância de ao menos um quilômetro da vítima e não se comunicar com ela. No caso do Tribunal de Barcelona requerer sua presença, ele deverá estar à disposição e comparecer à Audiência semanalmente.