Desemprego apresenta queda no Brasil após o mês de outubro

Dados divulgados pelo IBGE mostram que o Brasil alcançou, em outubro de 2025, a menor taxa de desemprego já registrada desde 2012. O recuo para 5,4% indica um cenário de recuperação e consolidação do mercado de trabalho formal, com impactos diretos sobre renda, consumo e estabilidade econômica para milhões de trabalhadores.

Desocupação em queda

No trimestre encerrado em outubro, a população desocupada no país caiu para cerca de 5,910 milhões, o que representa o menor contingente já registrado desde o início da pesquisa. A redução corresponde a uma queda de 3,4% em relação ao trimestre anterior e de 11,8% na comparação com o mesmo período de 2024. Ao mesmo tempo, o total de trabalhadores ocupados permaneceu estável em 102,5 milhões, consolidando um patamar considerado recorde e evidenciando a capacidade do mercado de absorver mão de obra mesmo em um cenário de desaceleração econômica.


Escala de desemprego no Brasil apresenta números históricos devido à queda (Foto: reprodução/Vitor Vasconcelos/Secom-PR)


Sinais de avanço, mas com desafios

Apesar dos números positivos, especialistas destacam que parte dessa melhora pode estar relacionada ao aumento de vagas temporárias típico do fim de ano, especialmente no setor de comércio e serviços. Esse movimento é comum nesse período e costuma elevar a contratação de trabalhadores para atender à maior demanda. Por isso, a redução do desemprego pode refletir tanto avanços consistentes no mercado de trabalho quanto um impulso passageiro provocado pela sazonalidade.

Além desse fator, mesmo com o crescimento do emprego formal e o aumento do número de trabalhadores com carteira assinada, a informalidade ainda representa cerca de 37,8% da população ocupada. Esse índice elevado mostra que uma parcela significativa da força de trabalho permanece sem garantias trabalhistas, salários estáveis ou proteção social. A permanência desse cenário indica que, embora o mercado apresente sinais de recuperação, muitos trabalhadores continuam vulneráveis a oscilações na economia, o que impede que o país alcance um nível de segurança e estabilidade capaz de beneficiar todos de maneira uniforme

Por fim, o Brasil alcançou em outubro de 2025 a menor taxa de desemprego desde 2012. O aumento da formalização, o recorde de trabalhadores com carteira assinada e o crescimento da massa de renda real apontam para uma recuperação sólida do mercado de trabalho. Mesmo assim, a informalidade ainda elevada e os efeitos sazonais do fim de ano pedem cautela. Os próximos trimestres serão fundamentais para mostrar se esse resultado representa um novo patamar sustentável ou apenas uma melhora temporária