Foi aprovada pelo Vaticano uma diretriz que autoriza candidatos gays nos seminários. A informação foi compartilhada pela Conferência Episcopal Italiana (CEI) por um documento de 68 páginas divulgado nesta quinta-feira (9), aprovado pela 78ª Assembleia Geral da mesma, realizada em Assis em novembro de 2023.
As exigências de celibato e contra a “cultura gay” ainda são rígidas. As regras são válidas apenas na Itália e será implementada de forma experimental durante um período de três anos.
O que diz o documento
O documento expõe a importância de não reduzir o vocacional apenas à orientação sexual para respeitar a complexidade de cada candidato. A diretriz orienta que as tendências homossexuais dos candidatos ao sacerdócio sejam vistas mais como aspecto de personalidade.
Ao referir-se às tendências homossexuais no processo de formação, também é oportuno não reduzir o discernimento apenas a este aspecto, mas compreender o seu significado dentro de todo o quadro da personalidade do jovem
Conferência Episcopal Italiana
O texto manteve posições duras sobre comportamentos e ideologias. Não será aceito práticas homossexuais, candidatos que possuem tendências fortes, ou que apoiam a “cultura gay” ativamente. Portanto, homens gays que sejam castos e fieis às normas poderão fazer parte dos seminários.
Notícia compartilhada pelo perfil oficial do Vatican News (Foto: reprodução/Instagram/@vaticannewspt)
Atualização das normas de 2016
A nova diretriz modifica uma das regras impostas no ano de 2016, que proibiam completamente homens com “tendências homossexuais profundamente enraizadas” de ingressarem no sacerdócio, como notificou o antigo documento. Agora o candidato será avaliado de forma geral.
Em coerência com o próprio Magistério, a Igreja, embora respeitando profundamente as pessoas em questão, não pode admitir no Seminário e nas Ordens Sagradas aqueles que praticam a homossexualidade, apresentam tendências homossexuais profundamente enraizadas ou apoiam a chamada cultura gay
Documento de 2016
A decisão é uma tentativa de adaptar as normas da Igreja Católica para a modernidade e as transformações sociais, porém sem abandonar seus princípios conservadores ainda. Essa mudança será analisada pelos próximos anos.