Nesta quarta-feira (29), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou ordens executivas que determinam o fim do ensino de questões raciais e de gênero nas escolas do país. Segundo ele, a medida tem o objetivo de evitar uma suposta “doutrinação ideológica” dentro do sistema de ensino. Durante a campanha eleitoral, Trump já havia prometido que iria se basear em um currículo mais conservador.
Mudanças no sistema educacional
Antes de ser eleito, Donald Trump e apoiadores do Partido Republicano já haviam afirmado que as instituições de ensino ensinavam as crianças brancas a se sentirem envergonhadas em razão do histórico de discriminação e escravidão nos Estados Unidos. As novas diretrizes argumentam que os professores exigem “consentimento” aos conceitos de “preconceito inconsistente” e “privilégio branco”.
Conforme a declaração do presidente:
“É política da minha administração apoiar os pais na escolha e direção da criação e educação de seus filhos. Muitas crianças não prosperam na escola designada e administrada pelo governo.”
A ordem tem o intuito de proibir as escolas de utilizar medidas relacionadas à ideologia de gênero ou ideologia de equidade discriminatória, conceitos citados por ele. A decisão é baseada na ideia de que esses conteúdos poderiam impactar negativamente na visão dos indivíduos acerca da história e da sociedade.
Impactos da decisão
Além de proibir que as escolas utilizem fundos federais para currículo, a ordem orienta o secretário da educação a desenvolver para acabar com a “doutrinação” nos colégios dentro do período de 90 dias. O secretário deve então vincular fundos federais a fim de garantir que as instituições ensinem de uma forma que seja aprovada pelo governo de Trump.
Outra ordem também foi decretada às universidades em que ocorreram as manifestações a favor da Palestina no ano de 2024. A decisão é descrita como um modo de evitar o antissemitismo, e prevê a revogação dos vistos de alunos estrangeiros que estavam presentes no protesto.