Esquerda sai vitoriosa em eleições legislativas na França

Mari Aldemira Por Mari Aldemira
3 min de leitura
Foto destaque: Esquerda sai vitoriosa em eleições legislativas na França (reprodução/EMMANUELLE PAYS/Getty Images Embed)

As eleições na França vem causando comoção desde o primeiro turno em que a população se manifestou após a ascensão da extrema direita no país. Porém, após uma virada surpreendente, a coalizão de esquerda Nova Frente Popular conseguiu vencer as eleições e obteve o maior número de assentos na Assembleia Nacional da França após as eleições legislativas no país. Infelizmente, a quantidade de assentos ocupados não é o suficiente para que se tenha força o suficiente para governar sozinha, logo, acordos devem ser feitos no futuro durante o governo.

Resultados do segundo turno

Os resultados surpreendentes do segundo turno, que foi realizado no último domingo (7), com a participação de quase 60% dos eleitores, mostraram que a Frente Popular conseguiu ocupar a maioria dos assentos. As três maiores bancadas eleitas foram: Nova Frente Popular (esquerda), com seus 182 assentos; Juntos (centro), com 168 assentos e a Reunião Nacional (extrema direita), ocupando 143 assentos.


Protestos em Paris após o primeiro turno (Foto: reprodução/Victoria Valdivia/Getty Images Embed)


Apesar da união ainda não ter sido confirmada, os líderes do bloco esquerdista indicam que eles podem se aliar ao bloco de centro para conseguir chegar aos 289 assentos necessários para ter maioria. Após a Reunião Nacional conquistar 33% dos votos no primeiro turno, a Nova Frente Popular e o Juntos já haviam formado uma aliança para impedir que a extrema direita chegasse ao poder. Porém, a viabilidade de um governo a partir da junção das duas forças ainda é incerta. Tendo em vista que ambos os blocos possuem discordâncias profundas sobre alguns tópicos, como por exemplo, a reforma da previdência na França.

Derrota da extrema direita

Para a extrema direita, apesar do alto número de assentos obtidos pelo bloco da Reunião Nacional (RN), que foram de 88 para surpreendentes 143, o resultado ainda foi considerado uma derrota e decepção. No primeiro turno o partido havia saído à frente das demais forças políticas, porém o resultado após protestos e união do povo e dos blocos de esquerda e centro foi diferente. O primeiro-ministro da França, Gabriel Attal, pertencente ao bloco de centro Juntos, também admitiu a derrota. 

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