EUA anuncia demissão de 10 mil funcionários da Saúde

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HSS), dos Estados Unidos, anunciou nesta quinta-feira (27), o corte de aproximadamente 10 mil funcionários da área da saúde e o fechamento de escritórios regionais.    

O pacote de cortes faz parte da reestruturação do departamento chefiado pelo secretário Robert F. Kennedy Jr. com a redução, o número de postos de trabalho no setor sai de 82 mil para 62 mil, informou o Departamento.  

Atualmente, o presidente Donald Trump tem cortado gastos e cargos como promessa de campanha para enxugar a máquina pública. Além disso, o presidente americano também criou o Departamento de Eficiência Governamental, chefiado pelo bilionário Elon Musk, responsável por indicar corte de gastos.   


Kennedy Jr e Donald Trump durante campanha presidencial de 2024 (Foto: reprodução/X/@UHN_Plus)

Setores prejudicados

Nesse sentido de reorganização financeira, a FDA – instituição que fiscaliza a segurança de medicamentos e alimentos nos EUA – perderá cerca de 3,5 mil postos de trabalho.   

A redução de mão de obra também atinge os Centros de Controle e Prevenção de Doenças e os Institutos de Saúde, que perderão quase 2 mil vagas.   

Justificativas para cortes

No entanto, em vídeo divulgado, o secretário Kennedy Jr. justifica os cortes como “mudanças necessárias para tornar o processo transparente”.   

Segundo ele, com o quadro mais enxuto, é possível ter mais clareza nos dados da saúde e fazer investimentos técnicos e assertivos.   

Porém, culpou o governo Biden pelo “inchaço” no departamento, bem como pelos “gastos sem planejamento”, concluiu.   


Secretário Robert F. Kennedy Jr. anuncia cortes na saúde (Vídeo: reprodução/x/@SecKennedy)

Perfil de Robert Kennedy Jr.

Nomeado por Trump, o novo secretário da Saúde gerou indignação devido à sua postura antivacina durante a pandemia de Covid-19. Além disso, ele já defendeu teorias conspiratórias, incluindo a falsa afirmação de que algumas vacinas estão relacionadas ao autismo.  

Dessa forma, ainda durante as sabatinas no Senado americano, Kennedy demorou a rejeitar a ideia, já desmentida, de que vacinas poderiam estar ligadas ao autismo.   

Atualmente, Kennedy Jr. controla órgãos importantes como a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA), os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e os Institutos Nacionais de Saúde (NIH).   

Portanto, tem um orçamento que gira em torno de US$ 1,7 trilhão.