Uma forte explosão durante o recarregamento de cilindros de oxigênio na empresa de gases e equipamentos hospitalares Rhomagas, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, matou um funcionário e feriu mais dois por volta das 19 horas desta terça-feira (1º).
Equipes de bombeiros de Campo Largo e Araucária foram mobilizadas para o chamado. A corporação agiu rapidamente e evitou que a área de armazenamento e produção de Nitrato de Amônia e a área de armazenamento de Argônio fossem afetadas.
Câmeras do circuito interno de segurança da fábrica registraram o momento da explosão.
Motivo da explosão
Os bombeiros não sabem ainda o que pode ter causado a explosão, porém as áreas com produtos inflamáveis foram isoladas e não oferecem mais risco.
Segundo o Tenente Henrique Bortolini, os cilindros em questão são recarregados em alta pressão. Provavelmente, os cilindros se romperam e a expansão de gás, que é muito grande, fez com com objetos fossem arremessados no entorno do local.
A princípio, as causas ainda devem ser averiguadas para a gente conseguir entender o que aconteceu.
Tenente Bortolini
A equipe de resgaste dos bombeiros levou os feridos para o Hospital São José, em São José dos Pinhais. Um homem de 52 anos teve ferimentos graves, mas a outra vítima, de 30 anos, está fora de perigo.
A vítima fatal foi Cristiano Andrade de Souza, de 29 anos, que deixa esposa e uma filha de dois anos.
Salvo por um triz
Outro funcionário da empresa, o operador de processo químico Vicente da Silva, foi chamado pela esposa momentos antes da explosão e escapou do acidente. Ele mora em frente à fábrica e foi chamado porque seu filho havia caído da bicicleta. A esposa do funcionário, a cozinheira Silvia Filipiaki, conta que foi o marido colocar os pés pra dentro de casa, que tudo explodiu.
Eu saí um minuto antes. Meu filho salvou a minha vida, se não fosse ele cair da bicicleta, eu teria ficado na empresa.
Vicente da Silva
Vicente foi a última pessoa a ter contato com Cristiano e declarou que o rapaz era muito honesto e trabalhador.
A empresa Rhomagas preferiu não gravar entrevistas. Entretanto, a fábrica, que existe há mais de 27 anos e atende a mais de dez hospitais na região, informou que está prestando toda a assistência necessária às famílias e que aguarda a perícia para conhecer a real causa do acidente.
Segundo a Band News FM de Curitiba, o caso será investigado pela Polícia Civil.