Força militar americana chega próximo à Venezuela para combater tráfico internacional de drogas

Segundo apurou a agência internacional de notícias Reuters, os Estados Unidos enviaram à Venezuela sete navios de guerra e um submarino nuclear, além de 4.500 militares, para uma operação que visa combater o tráfico internacional de drogas. A ONU foi acionada na pessoa de seu secretário-geral, António Guterres, para discutir a ofensiva norte-americana, em uma conversa com o Embaixador da Venezuela nas Nações Unidas, Samuel Moncada.

Intimidação americana contra Venezuela   

Não obstante nenhuma declaração de guerra tenha sido feita formalmente pelos Estados Unidos contra a Venezuela, o país norte-americano deslocou uma parte de sua frota marítima ao país latino-americano, em viagem teve início nesta última segunda-feira (25/8).

Com essa ofensiva americana, a tensão, já antiga entre os países, tende a aumentar ainda mais, considerando, também, as últimas declarações feitas por Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca, sobre Maduro e sobre o poderio americano, ao afirmar que não considera Maduro o presidente legítimo da Venezuela, mas sim um fugitivo da justiça americana. Além disso, afirmou que o presidente americano, Donald Trump, utilizará de qualquer elemento do poder americano, para combater o tráfico internacional de entorpecentes.  


Nicolás Maduro (Foto: reprodução/Juan BARRETO/Getty Images Embed)


Maduro, por sua vez, agiu rapidamente, realizando um novo alistamento militar, mobilizando 4,5 milhões de civis no país, após um pedido feito pelo Ministro da Defesa e Soberania, Vladimir Padrino López, na última quarta-feira (27/8), além de enviar 15 mil militares para a fronteira com a Colômbia, para evitar qualquer possível invasão americana através do país vizinho.

ONU é acionada

A Venezuela enviou uma carta à Organização das Nações Unidas, afirmando que esta ação dos Estados Unidos, na visão do país, é classificada como uma grave ameaça à paz e à segurança nacional, requerendo o monitoramento de outras ofensivas que possam ser, claramente, taxadas como hostis.

A justificativa dos Estados Unidos para tamanha ofensiva seria a prática de narcoterrorismo pelo presidente venezuelano, apontando o governante como líder de uma organização terrorista internacional, segundo o governo americano, denominada “Cartel de los Soles”.

Os Estados Unidos encontraram outros países aliados à sua argumentação, são eles: Paraguai, Equador, Argentina, Guiana e Trinidad e Tobago.