A representante comercial dos Estados Unidos, Katherine Thai, afirmou nesta segunda-feira (23) que o governo americano pretende iniciar uma investigação sobre políticas e práticas em relação à indústria de semicondutores.
A preocupação do governo dos Estados Unidos seria de evitar que a China tenha vantagem no mercado de chips, assim como já vem buscando nos mercados de energia solar e carros elétricos. A investigação será executada sob a Seção 301 da Lei do Comércio de 1974. A alegação dos americanos é de que os chineses têm adotado medidas anticompetitivas.
Disputa comercial
A medida dos Estados Unidos possivelmente irá complementar os planos de Donald Trump, que pretendem incluir taxas de 60% na importação de produtos chineses a partir de 2025. O atual presidente americano, Joe Biden, já aprovou uma medida onde impõe taxas de 50% a partir de 1 de janeiro.
Esta investigação ressalta o compromisso da administração Biden-Harris em defender os trabalhadores e as empresas americanas, aumentando a resiliência das cadeias de suprimentos críticas e apoiando o investimento incomparável que está sendo feito nesta indústria”.
– Katherine Thai
O informativo americano que sustenta a investigação afirma que a China busca dominar o mercado doméstico e global no setor de semicondutores, impondo meios anticompetitivos para atingir a autossuficiência. Os americanos também estão no meio do impasse chinês sobre Taiwan, território reivindicado pela China e essencial para a indústria de chips do mundo.
Possibilidades
Caso a disputa entre China e Estados Unidos siga adiante, isso pode tornar o mercado de semicondutores ainda mais competitivo. Atualmente os Estados Unidos têm investido na fabricação local de semicondutores, incluindo uma parceria com a empresa TSMC, uma empresa taiwanesa e maior produtora global de chips, que fornece para grandes marcas como Apple, Qualcomm e Samsung. O objetivo dessa medida seria diminuir a dependência dos Estados Unidos por chips e componentes chineses.