Governo é incapacitado de proibir uso do Bolsa Família em sites de aposta, segundo AGU

AGU confirma ao STF que não há como ter um controle sobre o uso do fundo de garantia

Caio Guto Por Caio Guto
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Foto destaque: Faixada da sede da AGU (reprodução/Sérgio Moraes/AscomAGU)

Nesta sexta (13), o Governo Federal, através da Advocacia-Geral da União (AGU), recorreu à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de exigir que a câmara adote medidas, para impossibilitar o uso do dinheiro dado aos beneficiários em casas de apostas esportivas, conhecidas como “bets”. A justificativa dada é a de que, não seria possível ter um total controle sobre qual seria o destino final da renda.

A medida proposta pelo STF ao Governo Federal


Luiz Fux, atual ministro do STF (reprodução/Evaristo Sa/AFP/Getty Images Embed)


O ministro do STF, Luiz Fux, exigiu no mês de novembro, que o governo adotasse medidas preventivas contra o uso de programas destinados à assistência social, como o Bolsa Família, em todo e qualquer tipo de aposta online. A decisão se deu por conta de um estudo levantado pelo Banco Central, apontando que o povo brasileiro gasta em média R$ 20 bilhões no mercado de apostas online, evidenciando os riscos que os apostadores estão propensos ao jogarem, como endividamento, vício em jogo (conhecido por ludopatia) e até mesmo lavagem de dinheiro. – Fonte: g1.

Advocacia da União entra com recurso


Foto de pessoa segurando cartão do programa bolsa família coom fundo desfocado
Cartão do Bolsa Família (reprodução/Lyon Santos/MDS)

Contudo, a medida proposta foi questionada pelo governo, sob o argumento de que seria inviável um controle rigoroso sobre como o dinheiro recebido pelos beneficiários do programa é utilizado. Alegando também que a implementação de tal restrição poderia prejudicar famílias que não tenham qualquer tipo de envolvimento com às práticas, ao restringir parte dos beneficiários sem uma justificativa sólida.

Diante do recurso dado ao STF, a AGU divulgou, em nota:

Desse modo, conquanto louvável e necessária a preocupação com a situação econômica de indivíduos e famílias vulneráveis, a adoção de ‘medidas imediatas’ encontra barreiras de ordem prática de difícil superação, razão pela qual faz-se imprescindível o aclaramento do acórdão recorrido, relatou o órgão

Ainda não foi definido um prazo para que a medida entre em vigor oficialmente.

Por Caio Guto
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Carioca da gema de 20 anos, atualmente sou graduando em Publicidade e Propaganda, almejando ainda cursar Jornalismo, após o término do curso atual. No geral, me considero uma pessoa criativa, com imensa paixão pela escrita, que se manifesta em diferentes formas, incluíndo principalmente músicas e poemas autorais. Dentro do âmbito jornalístico, o universo esportivo é uma das minhas grandes inspirações, sobretudo o nosso querido futebol. Além disso, sou também fascinado pelo mundo da música e dos videogames, que alimentam minha curiosidade e criatividade, ao mesmo tempo que me proporcionam momentos únicos.