Laudo confirma câncer de pele em Jair Bolsonaro, mas lesões foram retiradas com sucesso

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado com um tipo comum de câncer de pele, em duas das oito lesões removidas durante procedimento médico realizado no último domingo (14). A informação foi confirmada nesta quarta-feira (17) pela equipe médica do Hospital DF Star, em Brasília, onde Bolsonaro esteve internado devido a um quadro de tontura, vômitos […]

18 set, 2025
Foto destaque: Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil (Reprodução/Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
Foto destaque: Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil (Reprodução/Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil em saída do hospital no último domingo (14)

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado com um tipo comum de câncer de pele, em duas das oito lesões removidas durante procedimento médico realizado no último domingo (14). A informação foi confirmada nesta quarta-feira (17) pela equipe médica do Hospital DF Star, em Brasília, onde Bolsonaro esteve internado devido a um quadro de tontura, vômitos e queda de pressão arterial. 

Apesar do diagnóstico causar preocupação, a equipe médica, liderada pelo Dr. Cláudio Birolini, afirma que as lesões já foram retiradas com sucesso e, no momento, não será necessário nenhum tratamento complementar. O ex-presidente recebeu alta no início da tarde de ontem e retornou à sua casa, no Jardim Botânico, em Brasília, onde cumpre prisão domiciliar.

Laudo médico

Assinado pelos doutores Cláudio Birolini, Leandro Echenique, Guilherme Meyer e Allisson Barcelos Borges, o laudo médico apontou que o carcinoma está na fase “in situ”, ou seja, localizado apenas na camada mais superficial da pele, sem sinais de invasão para camadas profundas ou risco de metástase, o que poderia comprometer o quadro geral do ex-presidente. 

De acordo com o cirurgião Claudio Birolini o tipo de câncer detectado é considerado de baixa agressividade quando diagnosticado precocemente, como foi neste caso. Contudo, mesmo com esse diagnóstico, Bolsonaro deverá passar por acompanhamento dermatológico regular para monitorar possíveis novas lesões.


Doutor Cláudio Birolini e Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, ao sair do hospital na tarde da última quarta-feira, 17 de setembro (Fotos: reprodução/Evaristo SA/Julia Maretto/Getty Images Embed)


O episódio que levou o ex-presidente a retornar ao hospital na terça-feira (16) gerou preocupação, sobretudo por ocorrer enquanto ele cumpre pena em regime de prisão domiciliar, mas não tem a ver com o diagnóstico de câncer. Durante a internação, Jair Bolsonaro foi tratado com hidratação e medicação intravenosa, o que estabilizou seu quadro clínico.

A defesa informou a saída médica ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como previsto pelas medidas cautelares. Moraes, responsável por decisões envolvendo investigações contra Bolsonaro, foi notificado formalmente sobre a necessidade do deslocamento.

Análise laboratorial

O procedimento cirúrgico que identificou o câncer foi realizado de forma preventiva, após a verificação de lesões suspeitas na pele do ex-presidente. A biópsia coletada foi enviada para análise laboratorial, e o resultado confirmou a presença do carcinoma escamoso em duas manchas. Segundo especialistas, esse tipo de câncer é frequentemente associado à exposição excessiva ao sol, e sua detecção precoce aumenta significativamente as chances de cura com cirurgia simples, sem necessidade de radioterapia ou quimioterapia.

A descoberta do câncer ocorre em um contexto de intensa vigilância jurídica e política sobre Jair Bolsonaro, que permanece como figura central no debate político brasileiro. Ainda que o diagnóstico não represente risco imediato à saúde, médicos alertam que a continuidade dos cuidados é essencial, especialmente devido ao histórico de exposição solar ao longo da carreira pública e militar do ex-presidente. 

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