Neste sábado (29), o primeiro-ministro Anthony Albanese criticou duramente a Meta por encerrar os acordos de pagamento com mídias locais na Austrália, destacando preocupações sobre a responsabilidade das plataformas digitais sobre o jornalismo.
Isso vem depois que a Meta deixou de renovar seus acordos comerciais feitos em 2021, após uma legislação de 2021 obrigar a Meta a negociar pagamentos com organizações de notícias, sob o risco de receber multas no valor de 10% da sua receita na Austrália.
Primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese (Foto: reprodução/Bloomberg/Bloomberg/Getty Images Embed)
Acordos no valor de 250 milhões de dólares australianos
Os acordos que atualmente estão em vigor geram cerca de 250 milhões de dólares australianos por ano às editoras de mídias locais, o que representa um valor significativo para essas empresas.
“Eles têm a responsabilidade de manter as notícias em suas plataformas. A arrogância demonstrada por essas empresas internacionais de mídia social não está em conformidade com a responsabilidade social que elas têm.”
Primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese
Anuncio feito em fevereiro
Em anúncio feito em fevereiro, a Meta anunciou que deixaria de renovar seus acordos comerciais com essas empresas, justificando que cada vez menos usuários utilizavam o Facebook para acessar notícias. Por essa razão, decidiu não renovar seus acordos comerciais quando os atuais chegassem ao fim. A empresa ainda acrescentou que os usuários continuam tendo liberdade de compartilhar links de notícias em seus feeds.
No entanto, logo após o anúncio da Meta, o secretário-assistente do Tesouro, Stephen Jones, afirmou que o governo australiano iria reagir, já que a empresa não se trata de uma startup, e sim de uma das empresas mais lucrativas do mundo.
Algumas empresas locais, como a Seven West Media e a Nine Entertainment, que atuam no setor de mídia, atribuíram o fim do acordo à razão para o corte de alguns empregos que ocorreram recentemente.