O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a extradição de 63 brasileiros que estão foragidos na Argentina e são investigados por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. A decisão atendeu a um pedido da Polícia Federal e foi encaminhada para o Ministério da Justiça, que deverá dar continuidade ao processo.
Segundo a Polícia Federal, esses brasileiros cruzaram ilegalmente a fronteira para a Argentina e podem estar entre os 180 envolvidos nos atos que fugiram para países vizinhos, como Uruguai e Paraguai.
Decisão de Moraes e procedimentos de extradição
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, acatou um pedido da Polícia Federal para extraditar 63 brasileiros investigados por sua participação nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023. Esses indivíduos estão foragidos na Argentina, e o caso agora depende do Ministério da Justiça para avançar.
O Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional, vinculado ao ministério, é responsável por analisar o cumprimento dos acordos internacionais e encaminhar o processo ao Ministério das Relações Exteriores.
O Ministério das Relações Exteriores será o responsável por negociar a extradição com as autoridades argentinas. A decisão de Moraes é uma tentativa de acelerar a responsabilização dos envolvidos nos ataques às instituições brasileiras.
Foragidos em países vizinhos
De acordo com a Polícia Federal, esses brasileiros cruzaram a fronteira de forma irregular, entrando na Argentina por meio de carros, a pé ou atravessando rios. A PF acredita que até 180 pessoas envolvidas nos atos golpistas possam ter fugido para países vizinhos, como Argentina, Uruguai e Paraguai.
Os investigadores não descartam que alguns dos foragidos tenham solicitado asilo político na Argentina, ou até mesmo que tenham cruzado novas fronteiras, aproveitando a facilidade de trânsito em áreas como a Ponte da Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai.