De acordo com dados atualizados nesta sexta-feira (23) no Painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 1.008 óbitos por dengue desde 1º de janeiro de 2025. Ainda há 817 casos de óbito suspeitos sob investigação. O coeficiente de incidência até o momento é de 647,3.
Em todo o Brasil, foram mais de 1,3 milhão de casos prováveis de dengue. A taxa de letalidade informada no painel é de 0,07% e o índice de casos graves em todo o país chega a 4,07%.
Apesar do alto número de registros, os gráficos no painel indicam uma redução significativa dos casos de dengue durante o mesmo período em comparação a 2024, se aproximando mais dos índices de 2023.

(Foto: reprodução/Arboviroses/Ministério da Saúde)
Estados com mais registros
São Paulo registrou 770.339 casos prováveis, com o maior índice de mortes por dengue no Brasil, contabilizando 693 óbitos. A seguir, Paraná informou 84 óbitos e Minas Gerais, 73.
São Paulo tem 494 casos de óbito sob investigação e os índices de letalidade em casos prováveis e em casos graves estão em 0,09% e 4,70%, respectivamente.
São Paulo também lidera o ranking de casos graves e com sinais de alarme, com 14.737 registros. O índice de coeficiente de incidência é de 1.675 casos para cada 100 mil pessoas.
Os estados que seguem São Paulo em casos prováveis são Minas Gerais (147.083 casos), Paraná (108.738 casos) e Rio Grande do Sul (70.991 casos).
Os coeficientes de incidência mais altos são de São Paulo (1675), Acre (939), Goiás (934) e Paraná (919).
Dados complementares
De acordo com a Agência Brasil, a maior concentração de casos prováveis se encontra na faixa etária de 20 a 29 anos. Em sequência, estão os grupos de 30 a 39 anos, de 40 a 49 anos e, por último, de 50 a 59 anos.
A concentração dos casos prováveis pela categoria sexo é de 55% para mulheres e 45% para homens. Na categoria de raça/cor, os índices correspondem a 50,3% branca, 30,2% parda, 4,9% preta, 1,2% amarela e 0,2% indígena. Em outros casos sem informação de raça/cor ou com a informação ignorada, o índice chegou a 13,1%.
Vigilância e prevenção
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) alerta que todos devem estar atentos para prevenir e responder rapidamente aos casos de dengue em todo o país. O acolhimento, diagnóstico precoce e manejo clínico adequados são fundamentais no combate à doença.
Aos primeiros sintomas mais comuns, como febre alta, dores musculares, dor de cabeça, coceira, manchas vermelhas e mal-estar, a população deve buscar imediatamente a unidade de saúde mais próxima para uma avaliação médica.
O agravamento da doença pode ser rápido e precisa de cuidados emergenciais e intensivos para evitar sangramentos, queda da pressão arterial e o comprometimento de órgãos vitais.
Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas e sinais de alerta para dengue grave são dor na barriga intensa, vômitos frequentes, tontura ou sensação de desmaio, dificuldade de respirar, sangramento no nariz, gengiva e fezes, cansaço e/ou irritabilidade.
A vigilância epidemiológica é feita por meio da notificação dos casos, o que ajuda no controle da doença e na consolidação da atuação das secretarias de saúde.