Nesta terça-feira (09), uma alteração na legislação da lei de aviação foi permitida pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR), abrindo espaço para a contratação de aeronaves maiores, além da presença de tripulantes estrangeiros no combate a incêndios.
Medida de prevenção
A publicação da Medida Provisória (MP), aconteceu nesta terça-feira, sob aprovação de Geraldo Alckmin, ex-governador do estado de São Paulo e agora atual presidente MPOR, e solicitado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e de Recursos Naturais (IBAMA), visando o mantimento dos esforços para o controle das secas e consequentemente das queimadas.
Em entrevista ao Jornal CNN, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, no entanto, afirma que a medida é puramente preventiva, uma vez que, momentaneamente, não há recursos que possibilitam a contratação dos equipamentos.
“Precisamos ter todas as possibilidades de combate disponíveis, inclusive a possibilidade de utilização de aviões estrangeiros que possam trabalhar por aqui contratados ou em regime de cooperação internacional.”
Tripulantes estrangeiros
Entre as diversas normas do Código Brasileiro de Aeronáutica, há uma limitante a presença de tripulantes estrangeiros no Brasil, só permitidos em casos de acordo bilateral — ou seja, que há dois lados beneficiados. Com essa limitação, a contratação de aeronaves maiores poderia ser impedida, assim como tripulação especializada no combate as chamas, que ocasionalmente poderia vir de fora.
Reforço aéreo
O combate intensivo aos focos de incêndio no Pantanal agora poderão contar com o reforço da aeronave KC-390 Millennium, da Força Aérea Brasileira. O KC-390 é considerado o cargueiro mais rápido e moderno do mundo e agora encontra-se empregado no combate as chamas.
Com pouco mais de 35 metros de cumprimento e envergadura, a aeronave comporta até 80 soldados esquipados, o que pode alterar conforme as necessidades: 66 paraquedistas ou 74 maçãs de evacuação médica. O KC-390 alcança 988 km/h, suportando até 26 toneladas de carga.
Quanto a sua nova função de combatente ao fogo, o empréstimo da FAB foi equipado com o equipamento chamado MAFFS, o Modular Airborne Fire Fighting System (Sistema Modular de Combate a Incêndio Aerotransportado, em tradução literal).
Conforme a FAB, o sistema esquipado na aeronave fornece a funcionalidade necessária para realizar a ação de combate ao incêndio em voo seguramente, projetando água pela porta lateral da fuselagem, permitindo que ela mantenha seu interior pressurizado, sem comprometer seu desempenho.
O avião tem capacidade para 12 mil litros de água por abastecimento, que devem ser liberados pela porta lateral nos focos de incêndio.
A aeronave brasileira foi desenvolvida a pedido da FAB e desde então ganhou as listas de exportação e já foi adquirido pela Hungria, Portugal e também a Coreia do Sul.