ONU denuncia violência sexual e genocídio de Israel em Gaza

Comissão acusa autoridades israelenses de ataque à saúde reprodutiva dos palestinos

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Foto destaque: Benjamin Netanyahu, Primeiro-ministro de Israel (Reprodução/Uol)

Especialistas das Nações Unidas afirmam, em um relatório divulgado nesta quinta-feira, que Israel cometeu ‘atos genocidas’ na Faixa de Gaza, destruindo sistematicamente instalações de saúde sexual e reprodutiva e utilizando a violência sexual como estratégia de guerra.

Além disso, a Comissão de Investigação da ONU declarou que o Estado judeu ‘atacou e destruiu intencionalmente’ o principal centro de fertilidade palestino.

No mesmo documento, a comissão confirmou que ‘mulheres e adolescentes morreram devido a complicações durante a gravidez ou parto, devido às restrições impostas pelas autoridades israelenses‘.

Abusos e destruição

A ONU afirma que a recente destruição foi uma medida direcionada a impedir os nascimentos de palestinos em Gaza, configurando assim um ato genocida. Em seu relatório, documentou abusos como estupro de detentos, tratamento humilhante em centros de detenção e a forçação de vítimas a se despirem ou serem fotografadas e filmadas em circunstâncias degradantes.

Apesar da possibilidade de um cessar-fogo, o relatório destaca que esse tipo de violência passou a ser uma estratégia de guerra de Israel para destruir o povo palestino.


Mulheres palestinas
Mulheres palestinas em luto (Foto: reprodução/Omar AL-QATTAA/AFP/O Globo)

Israel rebate

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou o relatório, chamando-o de ‘absurdo’. Em um comunicado divulgado por seu gabinete, Netanyahu acusou o Conselho de Direitos Humanos da ONU de atacar Israel com acusações falsas.

Assim, Netanyahu, recentemente apoiado por Trump, afirmou que a comissão optou mais uma vez por atacar Israel com acusações infundadas. Por fim, o governo israelense acusou a comissão de ter uma agenda política tendenciosa e pré-determinada, tentando incriminar as Forças de Defesa de Israel.

Em conclusão, as autoridades do Estado judeu tentam argumentar que o país não está sujeito à jurisdição do TPI. No entanto, como os palestinos são signatários, isso significa que os crimes cometidos em seu território estão sob a competência do tribunal.

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