PF cumpre ordem de Moraes e prende Bolsonaro sem uso de algemas
Decisão do ministro Alexandre de Moraes orienta que a prisão de Jair Bolsonaro fosse cumprida pela Polícia Federal sem algemas e sem exposição pública
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Federal prendesse preventivamente o ex-presidente Jair Bolsonaro na manhã deste sábado, 22 de novembro.
A decisão faz parte das ações do inquérito que apura tentativa de golpe e no qual o ex-presidente já foi condenado. O mandado corre sob sigilo, mas seu conteúdo estabelece orientações específicas para a forma como a prisão deveria ser realizada.
Orientações para o cumprimento da prisão
No documento, Moraes orienta que os agentes responsáveis executem a ordem de maneira discreta. O ministro determina que Bolsonaro não seja algemado e que a operação evite qualquer tipo de exposição midiática. A justificativa apresentada no texto é preservar a dignidade do ex-presidente durante o procedimento.
Além disso, o ministro deixa a cargo da própria Polícia Federal a escolha de usar ou não uniforme e armamento, desde que o cumprimento da ordem ocorra com segurança. O despacho é curto, com duas páginas, e lista os crimes pelos quais Bolsonaro já foi condenado no inquérito. Apesar disso, não detalha qual fato novo levou à decretação da prisão preventiva.
Jair Bolsonaro e Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/Sergio Lima/Getty Images Embed)
O mandado previa que a ação acontecesse na parte da manhã deste sábado, orientação que foi seguida pela equipe policial. A decisão mantém o padrão adotado por Moraes em outras operações, priorizando sigilo e discrição.
Como a prisão aconteceu e próximos passos
Bolsonaro foi detido em sua residência, onde cumpria prisão domiciliar. Os agentes da PF conduziram o ex-presidente para a Superintendência Regional da Polícia Federal, localizada no Setor Policial Sul, em Brasília, destino padrão de custódia em operações dessa natureza.
O inquérito da tentativa de golpe segue investigando a participação de diferentes envolvidos, tanto do setor público quanto do privado. A prisão preventiva é mais uma etapa desse processo, que permanece sob sigilo judicial. A expectativa é que novas ações ocorram conforme avançam as análises conduzidas pelo STF e pela Polícia Federal.
A reportagem solicitou posicionamentos oficiais das instituições envolvidas, mas ainda não obteve retorno até o momento da publicação.
