Uma briga generalizada ocorreu nesta quarta-feira na passagem Kerem Shalom, fronteira entre o Estado de Israel e a Faixa de Gaza. O conflito foi iniciado por manifestantes israelenses que queriam impedir a entrada de ajuda humanitária para a população Palestina em situação de vulnerabilidade social.
Briga entre manifestantes
Portando bandeiras e cartazes, houve uma tentativa de barrar os caminhões que continham alimentos e produtos de higiene. Os caminhões foram enviados em território da Palestina por parte da Organização das Nações Unidas (ONU), com a pretensão de auxiliar uma região devastada pela guerra e marcada até mesmo pela falta de diversos recurso básicos para sobrevivência.
Os manifestantes gritavam em direção aos veículos; “Estamos aqui para bloquear a ajuda que está indo diretamente para o Hamas em Gaza”. Alegando que todos os suprimentos enviados para a população carente era destinado ao grupo terrorista do Hamas.
Em sentido contrário, a presença de grupos contrários a sanções para Gaza, protestaram contra a presença do primeiro grupo. Houve uma discussão acalorada entre os dois grupos, sendo necessária a intervenção policial e retirando o grupo contrário ao envio de alimentos e causando bastante polêmica em todo Estado de Israel.
Interferência externa
No período da manhã nesta quarta-feira, o Papa Leão XIV realizou um apelo para que autoridades israelense permitissem a ajuda humanitária no território isolado de Gaza. O apelo do papa coincidiu com as denúncias feitas pela ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) contra Israel, que acusou o país de limitar a entrada em Gaza de ajuda “ridiculamente insuficiente”, apenas para “evitar a acusação de que está matando de fome as pessoas”.
Na última terça-feira (20), a ONU afirmou ter recebido autorização de Israel para que cerca de 100 caminhões de ajuda humanitária pudessem entrar na Faixa de Gaza. Porém, nenhuma assistência sequer havia sido distribuída aos palestinos até o início desta quarta-feira.