Na última sexta-feira (11), a cidade de São Paulo enfrentou fortes temporais, causando falta de energia em diversas regiões, que ainda nesta segunda (14), não tiveram sua resolução completa, com alguns locais ainda afetados pelo apagão. Com este acontecimento, a relação entre o governo Lula e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ganhou novo capítulo, aumentando a briga entre os dois e podendo interferir diretamente nas eleições municipais, que acontecem no último domingo do mês (27).
Relação entre o governo e a Aneel
Alexandre Silveira, que é ministro de Minas e Energia, falou sobre a agência não ter dado continuidade em investigações solicitadas, contra a Enel, responsável por distribuir a energia na capital paulista, após apagões no fim de 2023. O ministro disse que a agência é tomada por seguidores de Jair Bolsonaro e ainda citou o prefeito Ricardo Nunes, que segundo ele, não tomou algumas atitudes necessárias para evitar a situação atual.
Outra figura que realizou críticas, tanto a Aneel quanto ao governo Lula, foi o governador Tarcísio de Freitas, que falou sobre os dois não terem adotado nenhuma medida contra a Enel, defendendo uma intervenção na empresa, por não terem um plano de contingência para resolução rápida do novo apagão na cidade.
Possível interferência no segundo turno
A situação na capital paulista pode afetar diretamente o segundo turno das eleições municipais, que contam com a disputa de Guilherme Boulos e Ricardo Nunes, concorrendo para a prefeitura da cidade de São Paulo.
Pessoas ligadas ao candidato Guilherme Boulos, do PSOL, usou o fato dos apagões para ligar os problemas com a imagem do candidato e atual prefeito Ricardo Nunes, indo até bairros e casas com faltas de luz e energia, entrevistando pessoas e mostrando isso em vídeos.
Nunes se defendeu colocando a Enel como responsável que não teria cumprido com algumas metas e feito alguns combinados, como as podas de árvores.