Repórter é atingida em protesto na cidade de Los Angeles nos EUA

A repórter australiana, Lauren Tomasi, foi atingida por uma bala de borracha, a repórter cobria os protestos em Los Angeles, nos Estados Unidos. Na transmissão ao vivo para o canal “9news” no domingo (8), ela estava de costas para uma linha de policiais quando um deles apontou sua arma e disparou, atingindo-a na perna. Os protestos, que ocorrem há dias, são uma reação às políticas do presidente Trump, que busca expulsar imigrantes. A cidade de Los Angeles, que abriga uma significativa comunidade latina, tem visto manifestações intensas.

Nos tumultos, homens encapuzados incendiariam veículos, e a polícia respondeu com gás lacrimogêneo e balas de borracha, resultando em pelo menos 27 prisões, conforme relatado pelo Los Angeles Times. Trump, em uma rede social, afirmou que “multidões violentas” estariam atacando agentes federais e prometeu restaurar a ordem, reafirmando sua intenção de expulsar imigrantes ilegais. Gavin Newsom, governador do estado da Califórnia, localizado nos Estados Unidos criticou a presença das tropas federais, na opinião de Gavin isso seria abuso de poder.

A chegada da força nacional aumentou a tensão

As tensões aumentaram após a chegada da Força Nacional, o que levou a novos confrontos no centro de Los Angeles, onde manifestantes se reuniram em apoio aos imigrantes. Segundo a polícia americana esses protestos são “reuniões ilegais”, eles informaram que foram atacados com pedras e garrafas. A situação ficou mais tensa quando centenas de pessoas se reuniram em frente a uma prisão, o que gerou confronto.


Lauren Tomasi antes de ser atingida no protesto em Los Angeles (Foto: reprodução/X/@g1)

Trump, que não invocou a Lei de Insurreição de 1807, ele apenas utilizou uma legislação federal que permite a federalização da Guarda Nacional em algumas situações específicas. Essa mobilização é controversa, pois, em geral, forças militares não deveriam atuar em segurança pública contra cidadãos americanos, exceto em emergências. A Guarda Nacional, uma força híbrida que pode operar sob comando estadual ou federal, é agora vista como uma ferramenta para enfrentar a “ilegalidade”.

Mais sobre a história do conflito

Històricamente, a mobilização de tropas nos EUA ocorreu em momentos de crise, como durante a luta pelos direitos civis e em resposta a distúrbios. Embora tenha sido usada em situações de emergência, geralmente ocorreu com o consentimento dos governadores estaduais. A posição de Trump sobre o uso de forças militares para controlar protestos e sua intenção de reforçar políticas de imigração têm gerado discussões acaloradas sobre a legalidade e a ética dessas ações.