Rio Grande do Sul enfrenta ventos de 100 km/h

Em decorrência de um ciclone extratropical, as cidades do sul brasileiro enfrentaram problemas consequentes de fortes ventos

Lucas da Silva Fiuza Por Lucas da Silva Fiuza
3 min de leitura
Foto destaque: supercell em Moinhos, Porto Alegre (reprodução/Paulo Hoeper/Getty Images embed)

Nesta quinta-feira (24), diversas cidades do Rio Grande do Sul tiveram registros de tempestades geradas pela passagem de um ciclone extratropical, formado entre a região da fronteira e o Uruguai. Conforme a Defesa Civil, 48 municípios sofreram impacto. Na capital do estado, Porto Alegre, rajadas de vento ultrapassaram 80 km/h, derrubando árvores e deixando feridos no interior do estado, Sapucaí do Sul.

Falha no abastecimento de energia

Durante a tempestade, alguns imoveis ficaram sem abastecimento elétrico, registrando cerca de 262 mil pontos sem ter o funcionamento de luz. No local aonde se encontra o atendimento da CEE equatorial, ocorreram impactos em cidades de Porto Alegre, Viamão, e Alvorada, chegando na região metropolitana, além da Terra de Areia que se localiza no litoral. Na região do RGE, foram contabilizados 264 mil pontos com ausência de eletricidade.


Equipes de resgate buscando sobreviventes em meio as chuvas no Rio Grande do Sul (reprodução/Liz Virginia/Anadulu/Getty Images embed)


Ventanias

Os fortes ventos desta quinta-feira (24), levaram ao destelhamento de diversas propriedades, inclusive empreendimentos, como um galpão de procedimentos agrícolas, que teve seu telhado arrancado pela força do vento. O proprietário, Frederico Scherer, detalhou que não houve feridos, contabilizando apenas danos materiais.

Na região de Santa Maria, por volta das 9h, os ventos chegaram a 104 km/h na base aérea. Arvores foram derrubadas, ocasionando estragos no hospital Casa de Saúde, inclusive derrubando o telhado e alagando os leitos da unidade médica.

Complicações

Na capital do estado, os ventos alcançaram cerca de 83 km/h. Conforme dados fornecidos pelo Climatempo, as tempestades chegaram a derrubar 37 árvores ou galhos de porte grande. Em algumas regiões, as mudanças climáticas levaram a dificuldades no trânsito.

Por falta de energia, dez estações ficaram sem o bombeamento de água, apesar do sistema de drenagem estar funcionando. Em Canoas, a ventania alcançou até 85 km/h. No município de Igrejinha, localizado a 93 km de Porto Alegre, foram registrados relatos de destelhamento de residências.

Conforme a Climatempo, uma possível frente fria aguarda os sulistas pelo deslocamento do ciclone em direção ao mar, causando temporais com risco de granizo e ventos de até 100 km/h.

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