O exército ucraniano conseguiu atingir um dos navios de guerra da Rússia durante ataque massivo ocorrido na costa da Crimeia nesta quinta-feira (1). No vídeo fornecido pelas autoridades locais, é possível ver drones indo em direção ao seu alvo – uma embarcação denominada como Ivanovets, que supostamente possuía mísseis guiados. Logo em seguida, o navio é atingido ao ficar apenas com a proa – sua parte frontal – visível na água. Até o momento, nem Ministério da Defesa da Rússia ou o Kremlin se posicionam a cerca do acontecimento.
Este não foi o único ataque ocorrido na Crimeia
Na última quarta-feira (31), a Ucrânia chegou a lançar cerca de 20 mísseis em direção à mesma península para o plano intitulado “limpeza da Crimeia da presença russa”. No entanto, os materiais foram rapidamente repelidos pela força russa. Os destroços dos mísseis teriam atingido alguns prédios e estabelecimentos na cidade de Sebastopol, mas, de acordo com informações fornecidas por autoridades russas, não houve nenhum ferido.
As Forças Armadas da Ucrânia ainda chegaram a compartilhar a informação de que um dos mísseis teria atingido o campo de aviação de Belbek – fato que foi comemorado por Mykola Oleshchuk, comandante da instituição.
“Os aviadores ucranianos definitivamente voltarão para casa, para seu campo de aviação. Enquanto isso, agradeço a todos os que contribuíram para a limpeza da Crimeia da presença russa.” escreveu Oleshchuk. No entanto, mesmo tendo sido atingido, o governo russo assegurou que o material não causou nenhum tipo de dano nos “equipamentos de aviação” presentes no local.
Sobre o conflito Ucrânia – Rússia atualmente
Este ataque foi apenas um dos diversos já ocorridos na Crimeia nos últimos tempos e configura-se como uma contraofensiva ucraniana diante ao governo russo. A Rússia vem realizando uma série de bombardeios em localidades da Ucrânia como, por exemplo, o ataque ocorrido em dezembro de 2023 nas cidades de Kiev, Kharkiv e Lviv. Já do outro lado, os ataques estratégicos da Ucrânia à península têm por objetivo de enfraquecer as operações e forças militares inimigas.
Vale lembrar que a Crimeia é originalmente parte da Ucrânia, mas está sob ocupação russa desde 2014 – realizado na época por tropas alicerçadas pelo Kremlin, mas não reconhecido por outros países como ato legal. O conflito entre os países já acontece desde o início de 2022 e apresenta uma série de questões territoriais e debates geopolíticos.