O governo Donald Trump se prepara para realizar uma operação de grande escala voltada à fiscalização da imigração em Chicago. A ação deve começar na sexta-feira, 5 de setembro, e marca um novo atrito entre o presidente e cidades lideradas por democratas, que adotam políticas que limitam a cooperação com autoridades federais. Além disso, a iniciativa sinaliza um reforço na atuação federal em áreas com políticas de “santuário”.
Segundo fontes, o plano inclui o aumento do efetivo de agentes do Serviço de Imigração e Alfândega (ICE) e da Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP). Também, outras agências federais podem participar. Veículos blindados estão sendo enviados à cidade e, caso seja necessário, a Guarda Nacional poderá atuar para reforçar a segurança.
Contexto da operação em Chicago
Chicago já recebeu operações federais de imigração durante o governo Biden. Esse aumento ocorreu principalmente após a chegada de mais imigrantes pela fronteira sul, intensificada por decisões do governador do Texas, Greg Abbott, que enviou pessoas para cidades democratas.
Durante o governo Trump, a cidade enfrentou processos federais relacionados às políticas de “santuário”. No entanto, a Justiça decidiu que o governo federal não tinha legitimidade para contestar a medida. Além disso, tentativas de suspender repasses federais foram bloqueadas.
Planejamento da ação federal
As autoridades da Casa Branca afirmam que o planejamento segue em andamento. Em paralelo, negociações estão em curso para utilizar uma base naval ao norte de Chicago como centro de operações. O czar da fronteira, Tom Homan, disse que mobilizará “um grande contingente”, sem detalhar números.
Gregory Bovino, responsável pelas operações de imigração em Los Angeles, deve liderar a ação em Chicago. Por sua vez, um representante da Segurança Interna destacou que o DHS tem atuado para remover criminosos de alto risco, incluindo membros de gangues e autores de crimes graves. Dessa forma, o objetivo é proteger as comunidades americanas.
Reações políticas locais
O governador de Illinois, JB Pritzker, criticou a operação. Ele acusou o governo federal de “militarizar cidades e tentar minar a democracia”. Vale destacar que afirmou que nem seu gabinete nem o prefeito de Chicago foram consultados sobre o envio de forças federais. Segundo Pritzker, faltou coordenação com as autoridades locais.
De acordo com autoridades da Casa Branca, a operação de imigração é distinta de planos do presidente para reforçar a segurança pública em Chicago. Dessa forma, esses planos visam combater a criminalidade doméstica de forma mais ampla, semelhante às ações em Washington, D.C.
