Busca de Ucrânia e Rússia por solução para o fim da guerra fica cada vez mais distante

Os presidentes da Ucrânia e da Rússia, respectivamente Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin, não conseguem chegar a um acordo de paz entre as duas nações. Zelensky não aceita a proposta de paz feita pela Rússia, a qual alega ser um “ultimato”, inviabilizando um acordo. Putin, por sua vez, acusa a Ucrânia de não querer a […]

04 jun, 2025
Volodymyr Zelansky deseja que as partes do país controladas pela Ucrânia sejam admitidas na OTAN como segurança para a região.(Foto: reprodução/X/@uric83)
Volodymyr Zelansky deseja que as partes do país controladas pela Ucrânia sejam admitidas na OTAN como segurança para a região.(Foto: reprodução/X/@uric83)
Segue sem acordo um cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia

Os presidentes da Ucrânia e da Rússia, respectivamente Volodymyr Zelensky e Vladimir Putin, não conseguem chegar a um acordo de paz entre as duas nações. Zelensky não aceita a proposta de paz feita pela Rússia, a qual alega ser um “ultimato”, inviabilizando um acordo. Putin, por sua vez, acusa a Ucrânia de não querer a paz, mantendo o terror, se referido aos ataques ocorridos recentemente em solo russo.

A guerra entre Ucrânia e Rússia completou três anos em fevereiro. A Rússia propôs, em memorando à delegação ucraniana na última segunda-feira, anexar as regiões já ocupadas pelas tropas russas. Essa ocupação já soma 20% do território ucraniano, e não é a primeira vez que Moscou sinaliza com tais condições, e as mesmas não foram aceitas anteriormente.

Zelensky, ao participar de uma coletiva de imprensa durante evento da OTAN nesta quarta-feira (4), sugeriu um cessar-fogo completo, até que possa ser agendada uma reunião entre os dois presidentes. Para Zelensky, este encontro pode ser marcado para a qualquer momento, e entende que o ideal seria os dois negociarem de forma direta em possíveis novos encontros.

Por seu turno, em evento na Rússia, também nesta quarta-feira, Vladimir Putin denunciou o fato de a Ucrânia não desejar a paz e de não acreditar no sucesso das negociações, pelo fato dos ucranianos terem atacado a Rússia nos últimos dias.

Tal afirmação acontece após a Ucrânia articular três ataques surpresas, fazendo uso de drones contra aviões de guerra, bombardeando linhas ferroviárias em Kursk, e ainda explodiu parte da ponte da Crimeia. Para as autoridades russas, os dois primeiros ataques podem ser chamados de “ataques terroristas”.


Sem acordo entre Rússia e Ucrânia, guerra continua (Foto: reprodução/Instagram/@portalg1)


Exigências russas, troca de prisioneiros e novas negociações

Para que haja uma homologação de acordo de paz, a Rússia fez algumas exigências. Dentre as quais:

  • Limitação do Exército ucraniano, tanto na quantidade de tropas quanto de armas;
  • Proibição da Ucrânia de ter armas nucleares e de abrigar esses armamentos em seu território;
  • Realização de eleição na Ucrânia.

O aceite das exigências russas pela Ucrânia trará a extinção de todas as sanções econômicas entre os dois países, além das restaurações de fornecimento de gás e relações econômicas.

Ainda que a Ucrânia tenha feito três ataques contra os russos, as duas nações concordaram com uma nova troca de prisioneiros de guerra, que visa a liberdade de todos os capturados com até 25 anos, gravemente feridos ou doentes, podendo ocorrer também a devolução de 6 mil corpos de cada lado.

Já no que diz respeito às negociações, segundo o ministro da defesa ucraniano Rustem Umbrov, uma terceira rodada pode ocorrer no fim de junho. Seria a terceira rodada de negociações entre os dois países.


Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky não aceita proposta de Moscou para pôr fim a guerra (Foto: reprodução/Instagram/@zelenskyy_official)

Embate entre Ucrânia e Rússia

A Ucrânia está pleiteando “um cessar-fogo completo e incondicional”, além de desejar “o retorno dos prisioneiros”, assim como, também, deseja o retorno de crianças ucranianas, que, de acordo com Kiev, Moscou levou para o seu território. Porém, Moscou já sinalizou não aceitar o “cessar-fogo incondicional”, que vem sendo exigido por Kiev e os aliados ocidentais.

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