Além da permanência da pandemia de COVID-19, que ainda causa filas de espera nos prontos-socorros, o Brasil passa também a viver com um surto de vírus respiratórios
Em São Paulo, de janeiro a maio deste ano, foram notificados 12.601 casos de síndrome gripal e 4.696 de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em crianças de até 4 anos e, junto com os casos positivos de Covid que vêm aumentando, já são cerca de 84% das enfermarias pediátricas e 86% dos leitos de UTI que estão ocupados no estado.
Um dos casos mais comuns nessa época do ano é a bronquiolite em crianças menores de 3 anos. Em levantamento do Sabará Hospital Infantil, entre 1º de janeiro e 15 de maio, foram 6.536 suspeitas de infecções de vias aéreas e 747 crianças com bronquiolite atendidas no pronto-socorro, entre os vírus mais identificados, estava presente o vírus sincicial respiratório (VSR), que é o que infecta a criança.
Consulta por telemedicina (Foto: Reprodução/Hilab)
No momento em que os hospitais lotam em filas de espera, a telemedicina avançou e passou a ser um recurso bastante utilizado para evitar a ida ao hospital. O exame físico, que é fundamental no diagnóstico, passou a ser realizado à distância, devido aos dispositivos que permitem a telepropedêutica (coleta de dados do paciente a distância). A telemedicina abrange diversas especialidades e pode ser usada para fins de assistência, educação, pesquisa, prevenção e promoção da saúde via plataformas digitais.
A pandemia trouxe ensinamentos sobre a saúde e nos mostrou a importância de cuidar e se informar sobre os nossos cuidados. A telemedicina é uma ferramenta que, além de manter a qualidade do exame físico, passou a reduzir internações e de transmitir vírus no caminho ao hospital, sendo eficiente no controle de possíveis epidemias. Pensando em uma geração que já começa conectada, os bebês precisam da tecnologia também para sobreviver.
Foto destaque: Médico realizando uma consulta por telemedicina. Reprodução/Portal Telemedicina