A colonoscopia é um procedimento médico que captura imagens em tempo real do intestino grosso e de parte do íleo terminal (a porção final do intestino delgado). Para realizar o exame, um aparelho chamado de colonoscópio é introduzido no ânus – e avalia a presença de câncer, lesões inflamatórias como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa.
Além disso, o médico também avalia, se existem pólipos (como se fossem pequenas verrugas) e diverticulite (pequenas bolsas na parede do intestino grosso chamadas de divertículos). Apesar de ser invasivo em certos termos, a colonoscopia é rápida e indolor. Dependendo de cada paciente, dura em média de 20 a 40 minutos. Ocorre uma sedação com anestesia para a pessoa dormir e não sentir nenhum desconforto durante o exame. Além de precisar de um acompanhante maior de 18 anos, esse exame deve ser feito em clínicas ou hospitais.
(Foto: Reprodução/Maternidade Octaviano Neves)
A realização da colonoscopia não é somente ir e fazer o exame. É preciso que o paciente faça 48 horas antes uma dieta pobre em fibras na véspera, com maior consumo de água e líquidos (chá, água de coco ou sucos coados), além do uso de laxantes, que promovem uma forte diarreia para horas antes da colonoscopia. Todo preparo pode ser feito em casa, no hospital ou clínica.
É recomendado que pessoas de 45 anos adotem o procedimento como rotina. Antes, era a partir de pessoas com 50 anos. Entretanto, pessoas que possuem histórico familiar de câncer colorretal ou doenças inflamatórias intestinais devem realizar a colonoscopia antes dos 45 anos, além de pacientes que apresentam sintomas, como alteração de hábito intestinal (constipação ou diarreia), perda de peso, sangue nas fezes, fortes dores abdominais.
Sobre efeitos colaterais, o médico Ricardo Anuar Dib, presidente da Sobed e também coordenador da gastroenterologia do Laboratório Delboni Auriemo, afirma que em sua maioria, esses exames não apresentam complicações.
“Contudo, eles não estão livres de efeitos adversos, que são as situações que não podem ser previstas pelo médico, como por exemplo reações alérgicas às medicações utilizadas ou mesmo a queda da saturação de oxigênio durante a sedação. Essas ocorrências, porém, são baixas, quase desprezíveis”, esclarece.
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