Áreas urbanas são responsáveis por 80% dos casos de arritmia cardíaca entre jovens

Bruno Gama Por Bruno Gama
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A poluição no ar das grandes cidades está prejudicando a saúde dos jovens e adolescentes. Em estudo publicado no Journal of The American Heart Association, a fumaça produzida por indústrias e automóveis aumentam o risco de arritmia cardíaca nessa faixa etária.

Segundo a pesquisa, cerca de 80% dos jovens de 17 anos que moram em áreas urbanas sofrem do problema. Batimentos cardíacos irregulares elevam o risco de doenças cardíacas e até morte súbita.

Pesquisadores da Penn State University afirmam que os gases que saem dos escapes, como por exemplo o PM2.5, é uma das principais causas da condição nos jovens. A poluição entra pelos pulmões e no sangue, prejudicando o organismo.

O PM2.5 é liberado após a queima de substâncias e ficam suspensas no ar. Quando entra em contato com o corpo por meio do nariz, olhos e garganta, pode piorar outras doenças, como a asma, e gerar problemas cardíacos, como a arritmia.

Os cientistas foram os primeiros a descobrir as graves consequências da poluição do ar nos adolescentes. O estudo teve como base um artigo publicado em 2017, que analisou mais de 700 crianças com quadros de doenças cardiovasculares na Pensilvânia, com idades de 6 a 12 anos.


Os jovens são os mais afetados pela poluição do ar (Foto: Reprodução/Pexels)


Sete anos depois deste artigo, os pacientes, a maioria com 17 anos hoje, foram convidados para uma consulta de acompanhamento. Os jovens foram expostos a 17 de PM2.5, esta quantidade representa a metade do estabelecido pela Agência de Proteção Animal dos EUA.

O resultado foi o descoberta de duas formas de contrações atriais (quando ocorre contração precoce dos átrios ou quando os ventrículos se contraem rapidamente). A pesquisa mostrou que 79% dos pacientes tiveram ao menos um ritmo cardíaco irregular durante 24 horas. Destes, 48% tinham os dois tipos de contração precoce, 40% possui contração atrial e 12% a ventricular.

Um dos motivos para o desenvolvimento de doenças cardíacas entre os jovens é a vulnerabilidade do organismo. Nessa etapa da vida, o corpo está em pleno desenvolvimento, tornando-o um ‘’imã’’ de poluentes. Além disso, a frequência que os mais novos respiram é mais elevada que a dos adultos.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1 bilhão de pessoas respiram ar extremamente poluído diariamente. O estudo sugere que a poluição no ar foi responsável por mais de 7 milhões de mortes prematuras em 2017.

 

Foto em destaque: A fumaça produzida por industrías é um dos maiores poluentes do ar Reprodução/Pexels.

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