Aumenta no Brasil o número de pessoas infectadas com hepatite nos últimos 20 anos

Felipe Yamauchi Por Felipe Yamauchi
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Hoje, 27 de julho, é considerado o Dia Mundial da Luta Contra as Hepatites Virais. A hepatite é doença causada pela infecção de um vírus, o qual acarreta na inflamação do fígado. Esta doença pode ser causada por cinco vírus diferentes, que são denominados: A, B, C, D, E. Segundo dados do Ministério da Saúde, de 2000 até 2021, foram confirmados cerca de 718.651 casos de hepatites só aqui no Brasil.

Do total, 23, 4% (168.170) eram casos da hepatite do tipo A. Do tipo B, eram 37% (264.640). Do tipo C, 39% (279.870) e por último do tipo D, apenas 0,6%, cerca de 4.260 casos do total. Vale lembrar que a hepatite do tipo C, é a mais letal delas, tanto que de 2000 até 2020, cerca de 62.610 óbitos foram confirmados, ou seja, do total de mortes, 76% eram infecções desse vírus.

Os tipos B e C podem causar no organismo humano problemas como: doença hepática crônica, cirrose hepática e até evoluir para uma doença cancerígena, qualquer desses casos sobrecarrega o Sistema Único de Saúde (SUS), devido ao seu tratamento mais delicado.

Por ser uma doença silenciosa, muitas vezes ela não apresenta nenhum sintoma tão alarmante, por isso seu diagnóstico pode demorar muito tempo para ser feito. Segundo a pesquisadora e chefe do Ambulatório de Hepatites Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/ Fiocruz), Lia Lewis, a demora na confirmação pode trazer graves problemas. “Quanto mais tardio o diagnóstico, a cirrose ou o câncer no fígado podem avançar. Por isso, logo indicamos o início do tratamento, para evitar as consequências mais graves”, disse.


      Foto: Homem com Icterícia (olhos e peles amarelos), um dos sintomas da hepatite/ Reprodução: CHECKUP DOS OLHOS


Prevenção de qualquer tipo de hepatite

Não emprestar qualquer objeto cortante (agulha, seringa, cortador de unha), também não compartilhar escova de dente ou lâmina de barbear/ de depilação, evitar procedimentos invasivos (hemodiálise, cirurgias, tratamentos nos dentes, fazer tatuagens e colocar piercings) sem o devido cuidado e com a correta esterilização. É importante também usar camisinha nas relações sexuais, para evitar a transmissão.

Já para evitar as hepatites A e E, os cuidados são para: evitar o contato com água e alimentos contaminados e tomar cuidado com a falta de saneamento básico. A prevenção deve se basear em: melhorar ou criar um saneamento báscio, ter hábitos de higiene (lavar regularmente as mãos, depois de usar o banheiro e antes de comer), limpeza de alimentos crus, pratos e talheres.

Para alertar sobre a hepatite C, existem alguns fatores que merecem atenção como: ter mais de 40 anos, ter passado por uma cirurgia ou outro procedimento invasivo sem o devido cuidado, sofrer de diabetes ou hipertensão, compartilhar objetos de uso pessoal e ter feito transfusão de sangue antes de 1993. Esses são fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo da hepatite segundo os médicos.

  Foto Destaque: Médico segurando amostras de sangue infectado com os tipos de hepatite/ Reprodução: CÔRTES VILLELA MEDICINA LABORATORIAL

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