O robô batizado de “Jaci”, atinge 1,80 metro de altura e opera via bateria. O dispositivo realiza uma coberuta no local em que foi colocado, e com o auxílio da luz ultravioleta e reduz os vários agentes infecciosos, como a covid-19.
Mariana Kolberg, coordenadora do projeto, explicou a respeito em entrevista dada a CNN Brasil “é utilizada para desinfectar regiões que a luz não alcançou ou ficou menos tempo que o desejado”. “O usuário escolhe quais serão os microrganismos a serem inativados e o robô desinfecta o local”, disse Kolerg.
O robô Jaci foi projetado para ‘limpar’ tanto superfícies sólidas quanto exterminar os agentes infecciosos do ar. A tecnologia já se encontra em quatro hospitais: Unimed, Hospital Concenção (público), Hospital São Lucas, em Porto Alegre (atende SUS), Premiere e em breve no Instituto do Coração (Incor), “muitas vidas poderiam ter sido salvas com essa tecnologia nos hospitais durante os momentos mais agudos da pandemia“.
O engenheiro Eddon Prestes membro do Instituto dos Engenheiros Eletrônicos e Eletricistas (IEEE) e pesquisador da UFRGS revelou que: “A tarefa realizada pelo nosso grupo consiste em dotar os robôs de autonomia para que consigam se deslocar com eficiência a fim de emitir adequadamente luz ultravioleta em todo o ambiente para descontaminá-lo. Para isso, mantemos um controle da área desinfectada, com um mapa que mostra o que foi descontaminado e o que não foi”.
Robô Jaci (Foto:Reprodução/Instituto Caldeira)
De acordo com o Ministério da Saúde, as infecções hospitalares são um problema que exige uma série de ações que devem ser organizadas nos serviços de saúde, dentro do Programa de Controle de Infecção, conforme determina a Lei.
As instituições adotam ações de prevenção e controle, como exemplo, higienização das mãos, elaboração e a aplicação de uma série de protocolos de prevenção, a aplicação de medidas de precaução e isolamento, o gerenciamento do uso de antimicrobianos, protocolos de limpeza e desinfecção de superfícies, nem sempre esses cuidados são suficientes. No Brasil, a taxa de infecção em hospitais está em 14% de internações, de acordo com o Ministério.
Por esta razão, cientistas do Grupo Phi Robotics Research Lab, localizado o no Instituto de Informática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), desenvolveram um robô inteligente, capaz de descontaminar ambientes infectados utilizando luz ultravioleta e névoa ozonizada.
Foto Destaque: Modelos da robô Jaci. Reprodução/Instor