O câncer de mama é a segunda doença mais letal entre as mulheres no mundo. Estima-se que em 2022 a quantidade de pessoas a serem diagnosticadas com o tumor apenas no Brasil será de 66 mil casos.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), esse número cresce a cada ano. E a baixa demanda para a realização de exames precoces contribui para o diagnóstico tardio da doença, quando já está em estado avançado.
Esse fator contribui para que 80% dos casos da doença sejam detectados em mulheres acima de 50 anos. Recomenda-se que o exame de mamografia seja realizado a partir dos 40 anos.
O autoexame também é um forma eficiente e de grande importância para tirar dúvidas a respeito da doença. Os exames de toque são feitos pela própria pessoa e podem ajudar a identificar características que sinalizam alerta.
A esse respeito, veja algumas maneiras de realizar esse procedimento:
1. Observação em frente ao espelho
Movimentos a serem feitos durante a realização do autoexame. (Foto: Reprodução/MNP)
- Tire a blusa e o sutiã e fique em frente ao espelho com as mãos na cintura;
- Verifique o tamanho, o formato e o contorno das mamas;
- Observe se há alterações na pele da mama, na aréola ou no mamilo;
- Verifique se o sutiã deixa marcas em apenas uma das mamas, indicando inchaço;
- Deixe os braços soltos ao lado do corpo e observe as mamas novamente;
- Erga os braços e observe se há alterações.
2. Apalpação em pé no chuveiro
Maneiras de observar a região das mamas durante o autoexame. (Foto: Reprodução/MNP)
- Com a coluna ereta, coloque a mão esquerda atrás da nuca, com o cotovelo apontado para cima;
- Deslize a mão direita pela mama esquerda, apalpando-a com a ponta dos dedos;
- Faça movimentos circulares com firmeza, mas sem causar desconforto ou dores, iniciando na axila e seguindo em direção ao mamilo;
- Durante a apalpação, verifique se há regiões mais densas ou caroços;
- Faça os mesmos movimentos circulares na região das axilas, observando se há algum nódulo palpável;
- Pressione delicadamente o mamilo para verificar se há saída de líquido de origem desconhecida;
Troque a posição dos braços, colocando a mão direita na nuca, e repita o passo a passo desta etapa.
3. Apalpação deitada
Autoexame de mama deitada. (Foto: Reprodução/Lashkar)
- Deite-se na cama, coloque um travesseiro fino embaixo do ombro esquerdo e leve a mão esquerda para trás da cabeça;
- Com a outra mão, apalpe a mama esquerda e faça movimentos circulares com a ponta dos dedos, verificando a presença de anormalidades;
- Coloque o travesseiro embaixo do ombro direito e repita os passos com a outra mama
Esses passos são necessários porque a mama se movimenta junto com o corpo, de forma que uma anormalidade pode passar despercebida em determinada posição. Além disso, durante o banho, com a pele ensaboada, as mãos deslizam mais facilmente, aumentando as chances de detectar qualquer anormalidade.
{slide}
Há, ainda, questões que elevam a predisposição ao surgimento da doença, como: histórico familiar, sedentarismo, alto consumo de ultraprocessados, ausência da amamentação ou de gravidez, gestação após os 30 anos e consumo excessivo de bebida alcoólica. Essas condições contribuem para o surgimento da neoplasia, que é uma camada de massa que cresce de modo anormal dentro do corpo: os chamados tumores.
Por essa razão, é importante estar sempre atenta aos sinais enviados pelo corpo. Às vezes, pequenas alterações hormonais ou cutâneas podem significar algo mais sério do que se imagina.
Veja alguns sintomas que podem sinalizar alerta para o diagnóstico de casos de diferentes tipos de câncer:
- Alterações na textura da pele;
- Perda de peso sem motivações;
- Mudança na cor, tamanho e formato de pintas;
- Dores frequentes e que persistem por um longo período;
- Sangue nos vestígios excretos (fezes e urina);
- Azia constante e dores para engolir.
Tratamento
O tratamento mais utilizado para lidar com o câncer de mama ainda é a cirurgia oncológica. Existem métodos, porém, eficazes no combate da doença se realizados durante os primeiros estágios do câncer. A imunoterapia é indicada nos casos iniciais, avançados e metastáticos de alguns subtipos de câncer de mama, chamados de triplo negativo.
Além disso, novos medicamentos, conhecidos como terapia-alvo, têm tido resultados promissores. Eles se mostram mais precisos e menos tóxicos, quando comparados à quimioterapia, processo de medicação usada para combater o acúmulo de células que deu origem ao tumor.
Foto Destaque: Câncer de mama: entenda os sinais da doença e a importância do diagnóstico precoce. Reprodução/iStock.