Casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave decolam em crianças

Wagner Edwards Por Wagner Edwards
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Segundo um recente Boletim de Infogripe da Fiocruz, houve uma maior incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registrados em crianças. O aumento da infecção foi detectado em vários estados brasileiros ao longo do mês de fevereiro.

De acordo com dados laboratoriais preliminares, a suspeita é de que essa ampliação de infantes infectados possua associação com o Vírus Sincicial  Respiratório (VSR), que mais atinge a faixa etária de 0 a 4 anos, e com a interrupção de queda nos casos associados ao Sars-CoV-2 (Covid-19) na faixa dos 5 aos 11 anos.

Embora o relatório, divulgado na última sexta-feira (4), demonstre uma maior taxa de contaminação do SRAG no público infantil, neste também consta gráficos indicando um sinal de queda nas tendências da doença em adultos.

Consoante as informações de dados laboratoriais, o vírus Sars-CoV-2, agente transmissor do novo coronavírus, é predominante em todas as faixas etárias já analisadas.


Criaça prestes a tossir e com dificuldade de respirar (Foto: Reprodução/FirstCry Parenting)


O único estado brasileiro a apresentar sinal de crescimento dos casos de SRAG é o Acre, com tendência de longo prazo até a Semana Epidemiológica de 8 de 2022, período entre os dias 20 a 26 de fevereiro.

Outros estados, como Distrito Federal e Rio de Janeiro, exibem indícios de crescimento quanto a tendência de curto prazo (nas últimas três semanas). Mediante o parecer de Marcelo Gomes, coordenador do boletim, essa maior incidência pode ser atribuída profundamente ao sinal de aumento nos casos de SRAG em crianças no mês de fevereiro.

A análise de laboratório divulgado garante a veracidade dos dados com base nas informações inseridas no Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até a data de 28 de fevereiro.

“No agregado nacional, observa-se cenário de queda em todas as faixas etárias da população, exceto nas crianças de 0-4 a 5-11 anos que apresentam sinal de crescimento acentuado. Dados laboratoriais preliminares sugerem que no grupo de 0 a 4 anos, isso possa estar associado à interrupção da queda nos casos associados ao Vírus Sincicial Respiratório [VSR]”, confirma o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Foto de destaque: criança usando inalador. Reprodução/Blog Maconequi

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