Os dados diários da China sobre os casos de Covid-19 no país não são atualizados há três dias, enquanto enfrenta um novo surto da doença, segundo informações do Bloomberg – empresa de tecnologia e dados para o mercado financeiro e agência de notícias operacional em todo mundo.
Os últimos dados que foram divulgados são de segunda-feira (9), o que faz aumentar a preocupação mundial sobre o verdadeiro cenário da doença no país asiático.
Com fim da política da Covid zero, no mês passado, as autoridades chinesas afirmaram que começariam a apresentar relatórios mensais, fazendo parte da sua política mais flexível, entretanto, a data dessa mudança não foi divulgada.
China não divulga dados sobre Covid-19 há três dias. (Foto: Reprodução/CNN Brasil)
Na última quarta-feira (11), a Organização Mundial da Saúde (OMS) voltou a falar sobre a necessidade dos dados sobre a Covid-19 na China e destacou a importância de compartilhar informações sobre as cepas que estão em circulação, e também se os casos estão aumentando ou diminuindo.
No mês de dezembro, a Organização Mundial da Saúde fez uma reunião com a China sobre o aumento de casos de Covid-19 no país procurando receber mais informações sobre a situação.
O grupo consultivo da OMS enfatizou a necessidade crítica e a importância de análises adicionais, como compartilhar os dados de sequenciamento para que se possa entender a evolução do vírus Sars-CoV-2 e o surgimento de mutações ou novas variantes de preocupação.
Os especialistas afirmaram que é essencial para a avaliação do risco global continuar com os altos níveis de vigilância genômica – estudo dos genes de um organismo bem como das suas funções e interações – representativa na China e no mundo, anotar as sequências genômicas com metadados clínicos e epidemiológicos relevantes e partilhar esses dados rapidamente com a comunidade científica.
E segundo o novo estudo da Universidade de Pequim, cerca de 900 milhões de pessoas na China estão infectadas com o coronavírus.
Foto destaque. Dados sobre covid-19 na China não são divulgados há três dias. Reprodução/ BBC.