Durante a semana, foi anunciado que vários países vão exigir testes de Covid-19 para passageiros chineses, expressando a iminente preocupação global com a possibilidade de novas variantes surgirem no surto que afeta o país asiático. Após flexibilizar uma série de medidas visando o distanciamento da polêmica política de Covid Zero, a China agora vive uma explosão de casos da doença e o governo não consegue dimensionar a real situação.
Ainda não há indícios sobre o aparecimento de novas variantes em território chinês, mas a forma como o Partido Comunista agiu no surgimento do vírus, em 2019, deixa a comunidade internacional receosa e em alerta. Como a contagem de casos e mortes foi encerrada pelo governo, existe a preocupação de que novas cepas estejam em desenvolvimento sem o devido acompanhamento.
<blockquote class=”twitter-tweet”><p lang=”pt” dir=”ltr”>COVID-19 emergência na China: Imagens do Hospital Tianjin<br>“Pacientes idosos com COVID ofegantes em macas nos corredores, médicos ainda lutando apesar de estarem infectados. Disseram a um homem que havia 300 pacientes para atender antes dele» <a href=”https://t.co/uyfRfnnEaC”>pic.twitter.com/uyfRfnnEaC</a></p>— Paulo Lei (@PauloAlei) <a href=”https://twitter.com/PauloAlei/status/1608205850602049537?ref_src=twsrc%5Etfw”>December 28, 2022</a></blockquote> <script async src=”https://platform.twitter.com/widgets.js” charset=”utf-8″></script>
China vive surto de pacientes com covid e hospitais lotados (Reprodução/Twitter)
Países como os Estados Unidos, Japão, Índia, Coreia do Sul, Taiwan e Itália estão entre as nações que anunciaram medidas de restrição a voos oriundos da China, sob a alegação do aumento explosivo em número de infecções e a falta de informações a respeito do coronavírus no país. Na China, o verdadeiro número de casos e mortes é incerto, uma vez que o governo anunciou que pararia de divulgar os dados necessários, repassando apenas os óbitos por pneumonia ou crises respiratórias para serem computados. Contudo, relatos apontam para hospitais sobrecarregados e uma alta taxa de morte entre os idosos.
Como resposta, Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, disse nesta quinta-feira (29) que vários países não mudaram suas políticas para viajantes da China, afirmando que as medidas devem ter o objetivo de tratar pessoas de todos os países de maneira igual. Com um novo surto de infecções, a probabilidade do surgimento de novas variantes é alta, embora isso não signifique que elas serão responsáveis por novas explosões de casos ao redor do mundo.
Tedros Adhanom Ghebreyesus, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse que o órgão precisa de mais informações sobre a gravidade da situação no país, tendo conhecimento acerca de internações em hospitais e unidades de tratamento intensivo.
Foto destaque: Pessoas andando na China. Reprodução/Twitter