Hospital na França amputa pênis de paciente por engano

Franklyn Santiago Por Franklyn Santiago
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Segundo o France Bleu Loire Océan, após uma consulta médica, em 2014, houve o diagnóstico de forma equivocada de um quadro avançado de carcinoma, em um homem de 30 anos, que, segundo os diagnósticos errôneos do corpo médico, “precisou” passar por uma série de cirurgias, que na realidade não seriam necessárias, para retirar um tumor que nunca existiu no nível dito pelos responsáveis do atendimento, e sequer necessitava de procedimentos médicos tão arriscados, que acabaram resultando na amputação do órgão do paciente.

A doença diagnosticada por engano no paciente é a carcinoma, que se trata de um tumor maligno nos tecidos epiteliais, que é a pele que envolve e alinha os órgãos internos. Câncer peniano desse tipo, segundo a Oncoguia, uma ONG sem fins lucrativos, atinge principalmente homens com mais de 50 anos, embora possa também atingir mais jovens, porém é mais difícil. Ainda seundo a ONG, o tumor representa cerca de 2% de todos os tipos de câncer a atingir pacientes masculinos no Brasil.


imagem meramente ilustrativa de cirúrgia (Foto: Reprodução/Pixabay)


Após o homem entrar na justiça contra a unidade médica, foi decidido pelo tribunal administrativo francês que houveram “infrações culposas” por parte do corpo médico, e que o erro foi de total responsabilidade do hospital, que foi condenado a pagar uma indenização de 61 mil euros (cerca de R$ 336 mil) para a vítima.

O valor foi calculado para cobrir as despezas do processo, o “sofrimento psicológico e emocional” estimado em 12 mil euros, o “déficit funcional permanente” que foi estimado em 16 mil euros e o “dano à vida sexual” do paciente, estimado em 31 mil euros.

O homem alegou, com emoções à flor da pele: “Tenho ódio deste médico que não me ouviu. Ele jogou roleta russa comigo! Não sinto mais nada. Não podemos substituir a sensação do pênis por vários sensores. Fale sobre isso com um homem, para ele é impensável“.

Foi pedido pelo homem, uma quantia de 976 mil euros de indenização pelos danos sofridos, mas teve seu pedido negado. Seu advogado, Georges Parastatis, disse que seu cliente quer recorrer. “Não permitirei que me humilhem” disse o homem, que preferiu não ter seu nome e imagem revelada. “Este homem sofreu uma primeira morte psicológica por negligência médica, e uma segunda hoje, por este julgamento degradante da dignidade humana“, comentou seu advogado.

 

Foto destaque: imagem meramente ilustrativa de um procedimento médico. Reprodução/advicehealth.com.br

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