A cantora Ludmilla e sua esposa, a bailarina Brunna Gonçalves, pretendem expandir a família e, para isso, iniciarão um processo de fertilização para conseguir engravidar e realizar o sonho de serem mães.
“A reprodução assistida de casais homoafetivos é legal no Brasil desde 2015 graças a uma resolução do Conselho Federal de Medicina. E, devido à burocracia no processo de adoção, a busca desse público por clínicas de reprodução humana tem aumentado muito nos últimos anos”, explica o Dr. Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana e diretor clínico da Clínica Mater Prime, em São Paulo.
Opções para casais femininos
No caso de casais homoafetivos do sexo feminino, o processo de reprodução assistida é mais simples do que o de casais masculinos, visto que é apenas necessária a doação do sêmen, que, assim como a doação do óvulo, é feita de forma anônima por meio de bancos do material. “Com o sêmen, o casal pode optar por dois métodos: a Fertilização In Vitro (FIV) ou a Inseminação Intrauterina (IU)”, detalha o especialista.
Na FIV, o óvulo é fecundado em laboratório e inserido no interior do útero de uma das integrantes do casal, que vai gestar a criança. “Após cerca de 15 dias já é possível verificar o sucesso do procedimento”, diz o especialista. Além disso, o casal homoafetivo feminino que optar pela fertilização in vitro ainda pode realizar uma gestação compartilhada, processo no qual uma das mulheres cede o óvulo enquanto a outra é a responsável por gestar o bebê, segundo o Dr. Rodrigo Rosa.
Inseminação intrauterina
A outra opção para casais homoafetivos do sexo feminino é inseminação intrauterina, popularmente conhecida como inseminação artificial. “O procedimento consiste, basicamente, na inserção do espermatozoide doado na cavidade do útero durante o período de ovulação da mulher para que a fecundação ocorra naturalmente, sendo que, em alguns casos, é necessário que a ovulação seja previamente estimulada por meio de tratamento medicamentoso”, diz o especialista.
Por fim, é importante ressaltar que a decisão pela reprodução assistida e a escolha do procedimento cabem apenas ao casal. “Elas devem discutir profundamente todas as questões que envolvem o tratamento com o médico”, finaliza o Dr. Rodrigo Rosa.
Fonte: DR. RODRIGO ROSA: Ginecologista obstetra especialista em Reprodução Humana e sócio-fundador e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo, e do Mater Lab, laboratório de Reprodução Humana. Membro da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH), o médico é graduado pela Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM).
Foto destaque: Ludmilla e Brunna Gonçalves. (Foto/Reprodução)