Ministério da Saúde analisa 86 medicamentos que estão em falta

Gabriel Gomes Por Gabriel Gomes
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O Ministério da Saúde analisou uma lista de 86 medicamentos que estão em falta no mercado. Sandra de Castro Barros, secretária de Ciência, Tecnologia, Inovação e Assuntos Estratégios do Ministério da Saúde, explicou sobre a lista.

“O Conasems colaborou conosco e encaminhou uma lista de 126 medicamentos, fora outras listas que também nós estamos recebendo das sociedades, das associações, para nos apoiarem, para realmente poderem nos ajudar e mostrar aquilo que está com mais deficiência no mercado. Dentre essa lista, batendo todas as listas, comparando, de 126 a gente conclui 86 medicamentos.”


Oito a cada dez municípios do país sofrem com a falta de remédios. (Foto: Reprodução/Pixabay)


Até o final de setembro, os estoques de contraste devem ser recompostos. No último dia 13, o Ministério fez uma orientação de que o uso fosse racionalizado até normalizar a situação.

“Nós orientamos, de forma técnica, a priorização de procedimentos de pacientes com maiores riscos e em condições clínicas de urgência/emergência; evitar desperdícios que possam vir a ocorrer e considerar a utilização de outros métodos diagnósticos em substituição aos procedimentos”, comentou Maíra Botelho, secretária de Atenção Especializada à Saúde do Ministério.

A avaliação do ministério é de que a dificuldade passa até por questões globais, como a Covid-19 na Índia e China, além da Guerra na Ucrânia, que aumentou os preços dos insumos. No Brasil, o que está faltando é o insumo farmacêutico ativo (IFA), que é o principal ingrediente do remédio. O país produz 5% no seu território e importa cerca de 68% da China.

Os medicamentos que estão em falta vão do soro fisiológico, antibióticos e de remédios para doenças raras como lúpus, Guillain-Barré e Crohn. A dipirona injetável está em falta em todo o país e sofre com a escassez de amoxicilina, azitromicina, clavulanato e cefalexina, que são essenciais para doenças com problemas respiratórios e infecções urinárias.

 

Foto destaque: Os remédios estão em falta nas prateleiras das farmácias e nos hospitais. Reprodução/Eduardo Matysiak/Futura Press/Estadão Conteúdo

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