No pós-pandemia treinamento de força ganhou aumento de 25%

Heloisa Santos Por Heloisa Santos
4 min de leitura

A pandemia trouxe inúmeras mudanças para a sociedade como a presença cada vez mais constante no mundo digital e também de comportamento. E nas academias, não foi diferente. Os treinamentos de força tiveram um aumento de 20% a 25% pós-pandemia e obtiveram reconhecimento definitivo como intervenção não farmacológica primária para tratamento, prevenção e combate de doenças cardíacas, artrite, dores lombares, obesidade, depressão e diabetes. Hoje, 90% dos profissionais de educação física estão atuando nas áreas de treinamento de força, é o que conta o diretor técnico da Bodytech Company, Eduardo Netto. De acordo com ele, uma meta-análise recente descobriu que as pessoas que fazem exercícios de fortalecimento muscular têm menos probabilidade de morrer prematuramente do que aquelas que não o fazem, acrescentando evidências anteriores de que o treinamento de força traz benefícios à saúde a longo prazo. 

Segundo o profissional de educação física, 3 fatores foram essenciais para esse crescimento: 

 “A musculação tornou-se muito mais aceita para todos os tipos de resultados – estética, saúde mental, perda de peso, saúde óssea e equilíbrio. A pandemia levou mais pessoas a praticar musculação. Após a reabertura das academias os usuários estavam ávidos pelos treinos tradicionais uma vez que o treino realizado em casa implica em restrições bastantes frequentes no que diz respeito a oferta de equipamentos e estímulos. Segundo: aumentou em popularidade, impulsionado por novas pesquisas sobre seus benefícios à saúde. Até bem pouco tempo a recomendação era basicamente de realizar atividades aeróbias, e fica cada vez mais evidente a importância do treinamento de força na prevenção e tratamento no combate as doenças. Terceiro: A popularização da musculação para o grupo feminino, na verdade ocorreu ou pelo menos está cada vez mais evidente o abandono da ideia de que o treinamento de força é apenas para homens. Era muito comum antes da pandemia verificarmos as áreas cardio lotadas e o que podemos perceber é que nesse momento temos uma melhor distribuição dos clientes. Conseguimos perceber que cada vez é maior a participação dos clientes neste tipo de treinamento. Existe demanda por novos equipamentos, mais espaço e também de acessórios.”, explica.  

Os benefícios do treino de força vão muito além da estética e elevam a força muscular para permitir que o corpo execute tarefas diárias, evite lesões e melhore a saúde cardiovascular, além de estabilizar e proteger as articulações, reduzir a gordura corporal, auxiliar no mind care e também na qualidade do sono. Se engana quem pensa que a atividade não pode ser realizada por adolescentes e até mesmo idosos, porém com devida orientação profissional:  

“Para os idosos, o treinamento de força ajuda a interromper a perda da função muscular que acompanha o envelhecimento, aumenta a força do tecido conjuntivo e a densidade mineral óssea. Isso pode estender a capacidade de alguém de continuar vivendo de forma independente e reduzir o risco de quedas e fraturas, além do bem-estar psicológico. Já para os adolescentes, o treinamento de resistência é uma modalidade segura, divertida e eficaz. Importante que na prescrição, os programas de exercícios para jovens, considere a competência neuromuscular e foque nos padrões de movimento antes de progredir em volume e intensidade. As opções de treinamento de resistência em populações jovens são essencialmente ilimitadas”, afirma Netto.  

A musculação também é uma forma eficaz de melhorar a força e o condicionamento físico, mas existem contraindicações, como condições médicas ou físicas que podem impedir ou restringir a realização de determinados estímulos, como doença cardíaca e pré-eclâmpsia.   

Foto Destaque: Reprodução

Deixe um comentário

Deixe um comentário